domingo, 9 de dezembro de 2012

O LÍDER - ATENÇÃO!

  



O que é um líder? Muitas vezes, colocamos as pessoas erradas nas posições de liderança por razões erradas. É incrível como “pessoas bonitas” chegam a ter cargo sem a menor noção de como lidar com responsabilidade, só por sua beleza. Ou aquele tagarela que é bom de papo e aparentemente tem muita sabedoria. Só porque alguém não tem medo de estar na frente, com ou sem microfone, não o faz um bom líder. Pelo contrário, muitas vezes aqueles que gostam do microfone, até do som da sua própria voz, têm motivos errados para estar naquela posição. Eu, pessoalmente, tenho muito receio daqueles que vêm procurando uma posição ou se oferecem para liderar. Você, como líder, tem que ser confiante no seu chamado e do fato que Deus o tem colocado nessa posição para agir, sem apreensão. Mas, “ser confiante” e “estar necessitado da posição”, são coisas bem diferentes. Então, o que faz uma pessoa ser um líder?
- Ser chamado por Deus.
- Estar pronto para liderar.
- Estar pronto e compromissado para o discipulado.
- Estar pronto para ser responsável por outros.
- Ser ligado com Deus.
O CHAMADO
Sempre têm pessoas no mundo que são chamadas por Deus, mas, por uma razão ou outra, negam esse chamado e escolhem fazer outra coisa da vida. E sempre têm aqueles que não são chamados, que acabam assumindo uma posição que não é deles, e o resultado sempre é um desastre. Você tem que possuir um chamado para trabalhar com essa geração, ou a sua vida será um fracasso e grandemente frustrante. Pelo amor de Deus, se você está trabalhando com essa geração como pastor ou líder de jovens ou adolescentes e duvida do seu chamado, faça-lhes um favor, à sua igreja e ao mundo: desista agora. Não há nada pior do que ter alguém numa posição simplesmente para encher buraco ao invés de ter o chamado. Os seus jovens merecem algo melhor. Qual igreja colocará um cara na frente como pastor que não tem chamado de pastor e se o fizer, qual será o resultado? A razão de fazermos questão do chamado de pastorear ou não, antes de se colocar lá, é porque vidas serão envolvidas e, em muitos casos, a eternidade. Qual a diferença então quando falamos da juventude? Não há nenhuma diferença; ou não deve haver. Se você não tem chamado para trabalhar com jovens, não tente. Só bagunçará a vida deles tanto quanto a sua. Recentemente, sai com um rapaz de uma igreja para lancharmos, e este queria a minha opinião em relação a algo que ele deveria fazer. Ele sabia que seria chamado para ser o líder de jovens na igreja e queria a minha opinião. Achava que eu o apoiaria e até o encorajaria com algumas dicas. Mas, eu perguntei: “Cara, você tem o chamado para trabalhar com jovens?” E ele respondeu, “Acho que não. Eles me frustram.” A coisa que eu não entendia era a confusão na sua cabeça de aceitar ou não, algo que ele nem gostava. Falei para ele recusar a posição. Porque se aceitasse, destruiria vidas. E isso é um grande problema com os jovens nas igrejas hoje em dia. Nós temos as pessoas erradas trabalhando com eles. Existe um chamado para se trabalhar com a juventude e só aqueles que o possuem devem estar na posição. Isso pode resolver muitos problemas nas igrejas. Se você não tem o chamado para trabalhar com jovens, não chore, com certeza Deus tem algo separado para você fazer. Procure saber o que é, mas não brinque com a vida daqueles que fazem parte desta geração escolhida. E ainda sendo chamado, isso não é garantia de sucesso ou satisfação na sua vida. Existe mais além do chamado. Saul foi chamado e olhe para o fim da sua vida.

domingo, 2 de dezembro de 2012

A BÍBLIA É UMA LEITURA COMUM?



     
     Romanos 1.15-20
     É percebido que muitos crentes estão sendo levados por inúmeras igrejas indo e vindo sem nenhuma preocupação, ou melhor, sem apoio para seus desejos e anseios. Ao conversar com muitos destes percebemos a falta de profundidade bíblica. São homens e mulheres que conhecem as mesmas histórias que aprendemos nas classes da escola bíblica: Davi e Golias, Sansão e Dalila, a arca de Noé, a travessia do mar vermelho...    
Não venho aqui depreciar nenhum acontecimento das Escrituras Sagradas, porém, o crente precisa aprender a ler! Jesus veio em carne e foi chamado de “A Palavra de Deus”. Ele ensinou e fez muitas coisas. Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou. Fundou a igreja e derramou o Espírito Santo. Todo esse falar e fazer em que se fundamenta a igreja está preservado em um livro. Ouvimos muitas coisas a todo tempo, com a velocidade atual do mundo paramos de processar, viramos um grande HD, um armazenador de dados incapaz de gerar algo novo. Paulo nos mostra algo importante sobre as Escrituras, o mesmo foi a Tessalônica pregar Cristo, porém, teve que fugir à noite para não ser inquirido pelo magistrado. Foi a Bereia com a mesma finalidade e as Escrituras relatam assim: "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim." (Atos 17.11).
Irmãos e amigos existe a leitura passiva que envolve pouco esforço para entendermos, apenas pegamos um livro e lemos. É assim que lemos a Bíblia? Creio que não! A leitura da Bíblia precisa ser ativa, é aprofundar-se na cabeça do autor, é procurar entender cada pedaço: ponto, vírgula, preposição, verbo... Se notarmos encontraremos cristãos com dificuldades para encontrar livros nas Escrituras Sagradas, crentes que fazem a leitura e olham apenas os nomes importantes, contudo não sabem o todo do texto. Há irmão que depois de anos e anos nos seios das igrejas não conseguem defender sua própria fé em Cristo. Gostaria que pensássemos na forma de escrever de Paulo ele não escreve ideias únicas e centralizadas, ele nos leva a uma caminhada de argumentações e lógica, por escrever assim Paulo se utiliza de muitas preposições (pois, isto é, como, porque, desde...). São palavras pequenas que na sua maioria passamos por elas sem darmos a devida atenção e é precioso dizer que cada palavra da Bíblia tem sua importância ela não está ali simplesmente por acaso, vamos entender o que Paulo nos explica:
15              E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.
16              Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
17              Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
18              Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
19              Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20              Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
Irmãos e amigos acabaram de entender que não devemos nos envergonhar do evangelho, porque é o poder de Deus, porque Nele se descobre a justiça que é Cristo? Se não prestarmos atenção nas pequenas palavras, não entenderemos o que Deus tem para nos dizer, se não entendermos não faremos outros entender e assim estaremos retardando a obra salvadora de Cristo.
Leiamos com atenção e amor, pois a Bíblia é o livro mais completo de todos os tempos

sábado, 24 de novembro de 2012

FINALIDADE DA CRUZ - PARTE III


A cruz revela a malignidade do homem e o amor de Deus
Assim sendo, a cruz revela, pela eternidade adentro, a terrível verdade de que, abaixo da bonita fachada de cultura e educação, o coração humano é “enganoso... mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto” (Jr 17.9), capaz de executar o mal muito além de nossa compreensão, até mesmo contra o Deus que o criou e amou, e que pacientemente o supre. Será que alguém duvida da corrupção, da maldade de seu próprio coração? Que tal pessoa olhe para a cruz e recue dando uma reviravolta, a partir de seu ser mais interior! Não é à toa que o humanista orgulhoso odeia a cruz!
Ao mesmo tempo que a cruz revela a malignidade do coração humano, entretanto, ela revela a bondade, a misericórdia e o amor de Deus de uma maneira que nenhuma outra coisa seria capaz. Em contraste com esse mal indescritível, com esse ódio diabólico a Ele dirigido, o Senhor da glória, que poderia destruir a terra e tudo o que nela há com uma simples palavra, permitiu-se ser zombado, injuriado, açoitado e pregado àquela cruz! Cristo “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Enquanto o homem fazia o pior, Deus respondia com amor, não apenas Se entregando a Seus carrascos, mas carregando nossos pecados e recebendo o castigo que nós justamente merecíamos.

FINALIDADE DA CRUZ - PARTE II



A "palavra da cruz": O Poder de Deus

Paulo afirmou que a “palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1 Co 1.18). Assim sendo, o poder da cruz não reside na sua exibição, mas sim na sua pregação; e essa mensagem nada tem a ver com o formato peculiar da cruz, e sim com a morte de Cristo sobre ela, como declara o evangelho. O evangelho é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16), e não para aqueles que usam ou exibem, ou até fazem o sinal da cruz.
O que é esse evangelho que salva? Paulo afirma explicitamente: “venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei... por ele também sois salvos... que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.1-4). Para muitos, choca o fato do evangelho não incluir a menção de uma cruz. Por quê? Porque a cruz não era essencial à nossa salvação. Cristo tinha que ser crucificado para cumprir a profecia relacionada à forma de morte do Messias (Sl 22), não porque a cruz em si tinha alguma ligação com nossa redenção. O imprescindível era o derramamento do sangue de Cristo em Sua morte como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22); “é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11).
Não dizemos isso para afirmar que a cruz em si é insignificante. O fato de Cristo ter sido pregado numa cruz revela a horripilante intensidade da maldade inata ao coração de cada ser humano. Ser pregado despido numa cruz e ser exibido publicamente, morrer lentamente entre zombarias e escárnios, era a morte mais torturantemente dolorosa e humilhante que poderia ser imaginada. E foi exatamente isso que o insignificante ser humano fez ao seu Criador! Nós precisamos cair com o rosto em terra, tomados de horror, em profundo arrependimento, dominados pela vergonha, pois não foram somente a turba sedenta de sangue e os soldados zombeteiros que O pregaram à cruz, mas sim nossos pecados!

FINALIDADE DA CRUZ - PARTE I


"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."  (Gálatas 2 : 20)

A ilusão do "símbolo" do cristianismo
Os elementos anticristãos do mundo secular dariam tudo para conseguir eliminar manifestações públicas da cruz. Ainda assim, ela é vista no topo das torres de dezenas de milhares de igrejas, nas procissões, sendo freqüentemente feita de ouro e até ornada com pedras preciosas. A cruz, entretanto, é exibida mais como uma peça de bijuteria ao redor do pescoço ou pendurada numa orelha do que qualquer outra coisa. É preciso perguntarmos através de que tipo estranho de alquimia a rude cruz, manchada do sangue de Cristo, sobre a qual Ele sofreu e morreu pelos nossos pecados se tornou tão limpa, tão glamourizada.
Não importa como ela for exibida, seja até mesmo como joalheria ou como pichação, a cruz é universalmente reconhecida como símbolo do cristianismo – e é aí que reside o grave problema. A própria cruz, em lugar do que nela aconteceu há, se tornou o centro da atenção, resultando em vários erros graves. O próprio formato, embora concebido por pagãos cruéis para punir criminosos, tem se tornado sacro e misteriosamente imbuído de propriedades mágicas, alimentando a ilusão de que a própria exibição da cruz, de alguma forma, garante proteção divina. Milhões, por superstição, levam uma cruz pendurada ao pescoço ou a tem em suas casas, ou fazem "o sinal da cruz" para repelir o mal e afugentar demônios. Os demônios temem a Cristo, não uma cruz; e qualquer um que não foi crucificado juntamente com Ele, exibe a cruz em vão.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO


Todo cristão capaz de disseminar o evangelho tem direito de fazê-lo. Ainda mais, não só tem direito, mas é seu dever fazê-lo enquanto viver (Ap. 22:17). A pro­pagação do evangelho foi entregue, não a uns poucos, mas a todos os discípulos do Senhor Jesus Cristo. Se­gundo a medida da graça a ele confiada pelo propagação Santo, cada discípulo tem a obrigação de ministrar em seu tempo e geração, à Igreja e entre os incrédulos. Na verdade, esta questão vai além dos varões, incluindo todos os elementos do outro sexo. Sejam os crentes homens ou mulheres, quando capacitados pela graça divina, estão todos obrigados a esforçar-se ao máximo para divulgar o conhecimento do Senhor Jesus Cristo.
Todavia, o nosso serviço não assume necessaria­mente a forma particular da pregação. Seguramente, em alguns casos é preciso que não, como por exemplo no caso das mulheres, cujo ensino público é expressa­mente proibido: 1 Tm. 2:12; 1 Co. 14:34. Mas, se temos capacidade para pregar, é mister exercitá-la. Contudo, nesta preleção não me refiro a prédicas oca­sionais, nem a quaisquer outras formas de ministério comuns a todos os santos, mas ao trabalho e ofício do episcopado, em que se incluem o ensino e o governo da Igreja, exigindo a dedicação da vida inteira do ho­mem à obra espiritual, e que ele se separe de todas as carreiras seculares (2 Tm. 2:4). Trabalho e ofício que autorizam o obreiro a contar totalmente com a Igreja de Deus para o suprimento das suas necessidades tem­porais, visto que ele dá todo o seu tempo, energia e esforços para o bem daqueles que estão sob a sua di­reção (1 Co. 9:11; 1 Tm. 5:18). A um homem assim Pedro se dirige com estas palavras'. "Apascentai o re­banho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele". (I Ped. 5:2) Ora, nem todos de uma igreja po­dem superintender ou governar; alguns têm que ser dirigidos ou governados. E cremos que o Espírito Santo designa na Igreja de Deus alguns para agirem como superintendentes, e outros para se submeterem à vigi­lância de outros, para o seu próprio bem. Nem todos são chamados para trabalhar na palavra e na doutrina, ou para serem presbíteros, ou para exercerem o cargo de bispo. Tampouco devem todos aspirar a essas obras, uma vez que em parte nenhuma os dons necessários são prometidos a todos. Mas aqueles que, como o após­tolo, crêem que receberam "este ministério" (2 Co. 4:1), devem dedicar-se a essas importantes ocupações. Homem nenhum deve intrometer-se no rebanho como pastor; deve ter os olhos postos no Sumo Pastor, e esperar Seu sinal e Sua ordem. Antes que um homem assuma a posição de embaixador de Deus, deve espe­rar pelo chamamento do alto. Se não o fizer, mas se se lançar às pressas ao cargo sagrado, o Senhor dirá dele e de outros semelhantes: "Eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito nenhum a este povo, diz o Senhor" (Jr. 23:32).

terça-feira, 20 de novembro de 2012

TRADIÇÂO E TRADICIONALISMO


  A tradição cristã olha com esperança o futuro. O mesmo Jesus que esteve outrora com os nossos irmãos, está conosco hoje e estará no futuro. Vivamos a tradição cristã, amando ao Senhor de todo o nosso coração e ao próximo como a nós mesmos. Socorrer os aflitos e amargurados de alma. "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente."  (Hebreus 13.8)
É precioso levarmos a igreja métodos modernos; tradicionais e dinâmico. Apresentarmos projetos de melhoria e capacitação nos irmãos alunos e professores, utilizar os espaços do prédio da igreja em sua totalidade para que os mesmos não se tornem “elefantes brancos”, modernizar e informatizar literaturas, promover a integração igreja e sociedade. E tudo isto esta atrelado nos ensinamentos do mestre:
a. "Jesus não exige que seus discípulos creiam nele, mas, antes, que creiam com ele, que acreditem na realidade do amor de Deus e que aceitem com plena confiança a convicção da certeza da filiação com o Pai celestial. O Mestre deseja que todos os seus seguidores partilhem plenamente de sua fé transcendental. Jesus, de uma forma muito enternecedora, desafiou seus seguidores não apenas a acreditar no que ele acreditava, mas também como ele acreditava. É esta a significação plena de seu requisito supremo: 'Siga-me'."
b. "'Seguir Jesus' significa partilhar pessoalmente sua fé religiosa e entrar no espírito da vida do Mestre, espírito este de servir de forma abnegada ao homem. Uma das coisas mais importantes da vida humana é descobrir o que Jesus acreditava, quais eram seus ideais, e lutar para alcançar este propósito grandioso da vida. De todo o conhecimento humano, o que tem maior valor é conhecer a vida religiosa de Jesus e como ele a viveu."
c. "Disse-vos isto por parábolas; chega, porém, a hora em que não vos falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai."  (João 16.25). Parábola é uma narrativa celestial colocada lado a lado a uma determinada verdade espiritual para fins de comparação e de fácil entendimento. As Parábolas contadas por Jesus Cristo, o Verbo de Deus, na maioria foram fundamentadas em exemplos comuns do dia a dia daqueles que o ouviam.  A narrativa de Jesus em cada Parábola em si própria é simples, resumida e sem colorido literário algum e sua conclusão geralmente é idealizada por Jesus de modo a não permitir dúvidas quanto ao que ele quis nos repassar.
 Jesus sempre encontrou formas atuais da época, para ensinar a todos indistintamente. Usando uma dialética extraordinária que levava o indivíduo a explorar seu interior e percebesse sua mendigues. Então, ensinar e dar capacidade a um de ensinar a outro.

domingo, 18 de novembro de 2012

FALANDO DE DEUS


II Coríntios 2.14-17

*História: A igreja de Corintos era indisciplinada, instável (causando divisões), imoral e sem visão missionária.
     É muito bom em tempos como estes, sabermos quem somos e para onde vamos, porém há perguntas que não querem calar: “Todas as pessoas sabem quem são? E para onde vão? Paulo em sua carta aos II Coríntios no seu capítulo 2, versos 14 a 17 relata-nos como haverá de ser nossa pregação, nossa maneira de dizer, ou melhor, pronunciar as boas novas. Ele nos evidência que graças a Deus sempre iremos triunfar em cristo (Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada[1]). O interessante é que Paulo inicia nos deixando clara a vitória, que para nós esta guerra já esta vencida, pois é prudente dizer que reconhecemos o reinado de Cristo em nossas vidas, com isto selaremos nossa conquista.
Paulo nos anima a ingressar nas frentes para proclamação do evangelho, em II Tessalonicenses 2.14 o próprio Paulo escreve que: Para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso SENHOR Jesus Cristo.” E a certeza que em todo o lugar somos o cheiro do conhecimento de Deus, é factual dizer que conhecemos a sabedorias e as coisas feitas por Deus, contudo Paulo metaforicamente diz que somos “cheiro”, se buscar o entendimento desta expressão chegaremos, a saber, que um General ao retornar vitorioso de uma batalha trazendo riquezas e cativos, à sua frente caminhavam homens queimando incenso, uma forma de agradecer aos deuses. Os Gregos e Romanos usavam destas cerimônias. Agora queridos, para o exército do general aquela fumaça que subia possuía um aroma mais do que delicioso, enquanto para os cativos, cheiro de morte e dor. Então precisamos entender que as Boas Novas são assim: para poucos, cheiro de vida, para muitos, cheiro de morte. Jonhn Piper em sua obra intitulada Evangelismo, explicou em uma frase como levar as boas novas: Um mendigo ensinar a outro mendigo onde encontrar pão. Perfeito irmão e amigos! Em algum momento o evangelho fedia, porém percebemos que ele cheira muitíssimo bem.
     Atentamos queridos que o convite de Paulo é para realização do anúncio do evangelho, que por onde andarmos falemos do amor de Cristo, ele relata que não somos como muitos falsificadores da palavra de Deus. O espiritismo, que para este que vos fala é uma entidade covarde que usa a dor para aplicar seus conceitos, eles dizem para não importarmos com a perda dos nossos queridos, pois em algum momento eles voltarão para falar conosco. Amados! Muitos estão esperando morto escrever carta e nós sabemos que é mentira e pecado: "Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles." (Levítico 20.27) Paulo deixa claro que falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus. É isto sim! Falemos de Deus, expliquemos as palavras de sabedoria, deixemos que outros sintam nosso perfume exalando a vida nova que Cristo nos deu, pois lembrando juntos que: "Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” (I Tessalonicenses 4.12)


[1] Edmund Burke

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O AMOR COMO NECESSIDADE PRIMORDIAL



     O material que postei hoje é de um grande amigo seminarista Layon, um estudioso da história e filosofia do Cristianismo. Neste editorial ela irá nos tocar com suas palavras, pois as mesmas falam do que mais importa.


O AMOR COMO NECESSIDADE PRIMORDIAL. (1ª PARTE)
Ele respondeu: Amará ao senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22.37-39)
Qual a maior necessidade do mundo atual? Recurso financeiro? Um plano de desenvolvimento que atenda um país subdesenvolvido? Uma boa educação? Uma boa gestão por parte da política? Sim! Todas estas interrogações se fazem necessárias, porém em minha opinião o primordial é: “O AMOR AO PRÓXIMO”. O apóstolo Paulo diz em uma de suas cartas: “O AMOR É PACIENTE, O AMOR É PRESTATIVO NÃO INVEJOSO, NÃO SE OSTENTA, NÃO SE INCHA DE ORGULHO” (1 coríntios 13.4). A intolerância de uns para com os outros tem levado pessoas a cometerem violência contra seu próximo. Guerras estão sendo travadas por interesses próprios. Cada vez mais o ser humano tem se tornado egoísta, egocêntrico, amante de si mesmo. Assim como Cristo amou a igreja devemos amar uns aos outros. Este é o nosso dever como cristãos.   

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sabedoria


 Quando Davi em seu leito de morte inclina-se ao seu filho ainda um mancebo e diz a ele par que ele seja homem, que a partir daquele instante ele seria rei e teria responsabilidade por todo o povo de Deus então, Salomão pede ouro, diamante, mulheres, poder a Deus? Não ele pede o seguinte: (1 Reis 3:7-9). Jovens precisamos ouvir estes ensinamentos de Salomão pedirmos a Deus entendimento para descriminarmos o que é bom e o que é mal.
     Salomão levou isso para sempre em sua vida ate quando ele construiu o templo ele escolheu somente os melhores: (1 Reis 7:13-14)” E enviou o rei Salomão um mensageiro e mandou trazer a Hirão de Tiro. Era ele filho de uma mulher viúva, da tribo de Naftali, e fora seu pai um homem de Tiro, que trabalhava em cobre; e era cheio de sabedoria, e de entendimento, e de ciência para fazer toda a obra de cobre; este veio ao rei Salomão, e fez toda a sua obra”. Salomão procurou andar com pessoas que podia agregar algo e sua vida e obra, quem são as pessoas com quem você anda.
     Então temos que procurar a sabedoria de Deus, procurar entende-ló pois Ele usou de imenso amor e sabedoria para entregar o próprio filho para remissão de nossos pecados. "Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus."
 (I Coríntios 1: 24). Irmãos a sabedoria vem de Deus atrás de seu filho Jesus Cristo e não deste mundo: "Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia." (I Coríntios 3: 19)
Use sua sabedoria para engrandecimento de sua vida pense com inteligência entenda o sacrifício de Cristo cruz. Se você não consegue ainda entender, se ainda lhe alta algo é simples:
"E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." (Tiago 1: 5)

sábado, 10 de novembro de 2012

O Mundo Vai Acabar em 2012? Pense!


VOCÊ JÁ PLANEJOU SUA MORTE?


 Vivemos em tempos de planejamentos: Planejamento familiar, planejamento acadêmico, planejamento de moradia, planejamento financeiro, planejamento para compra de veículo, planejamento do casamento, planejamento de quantos filhos e mais planejamentos. São tantos planejamentos que nos esquecemos da finalidade ou do real motivo da palavra planejamento: é um plano contendo todas as informações necessárias para execução de uma tarefa, a fim de realizá-la com o mínimo de erro possível.
Bem, então mesmo planejando algo é possível que algum conteúdo de seu plano dê errado e você precise mudar em algum momento, na engenharia de produção existe uma cadeira que se chama PCP (planejamento e controle da produção), segundo informações de mestres no assunto, o que se planeja no início não é o que acontece no fim, isto quer dizer que a todo o momento é necessário correções e novos ajustes para que o resultado final seja o melhor possível. Existe também o planejamento futuro, muito usado na Bolsa de Valores, onde acionistas e investidores analisam o que aconteceu em alguns dias passados para assim fazer a melhor proposta no instante presente.
Mas sabemos que quando planejamos mesmo tendo que mudar durante o percurso a chance de que tudo dê certo é muito alta, porém o que quero dizer é se você já tem sua morte planejada? Acredito que Che Guevara não planejou ser morto e esquartejado, nem o Beatle John Lenon esperava morrer com um tiro na saída de casa, muito menos os passageiros do Air France que caiu no mar, e até hoje não foram encontrados todos os corpos, nem que acordaríamos na manhã de domingo vendo pela televisão o horror dos deslizamentos em Angra dos Reis. Temos vários exemplos, porém amigos e irmãos se as vítimas não tivessem morrido em alguns destes acontecimentos morreriam de qualquer outra forma, pois a bíblia fala que: "Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás."  (Gênesis 3 : 19)
Deus deixa claro que iremos morrer, iremos voltar ao pó em algum instante de nossas vidas iremos voltar à terra. Bem! Planejar o que de fato sabemos que irá acontecer acredito que é um tanto quando desnecessário pois, há um ditado popular que diz que a única coisa certa na vida é a morte! O que precisamos planejar não é esta morte e sim o que irá acontecer com nossa alma: "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu."  (Eclesiastes 12 : 7)
     Nosso espírito irá voltar para Deus que nos deu o mesmo, bem qual será o fim então de nossa alma, o acontecerá com ela?: "Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá." (Ezequiel 18: 4). Então fique claro que se nossa alma pecar ela morrerá, precisamos planejar este fim devemos criar um plano para o fim de nossa alma:
v     "Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão."  (João 5.25)
v     "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo." (João 6.51)
v     "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;" (João 11.25)
Amigos e irmãos usem este plano, não voltem ao pó da terra sem a certeza de ter planejado um fim para sua alma, convertam-se a Jesus Cristo, corrijam agora e tenho certeza que no fim você será muito feliz:
"O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos."  (Apocalipse 3.5)


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Visão de Liderança


VISÃO DE LIDERANÇA
NEEMIAS 1
O plano de aula estabelece para os alunos uma perspectiva geral de identificação e capacitação de um líder.
1. OBJETIVO:
a. Apresentar fatos históricos do período em que viveu Neemias, fazendo assim uma comparação do momento ali encontrado e o que vivemos hoje.
b. Desenvolver uma relação de tomada de atitude olhando para nós e para o próximo.
c. Destacar a importância do planejamento e liderança.

2. MATERIAL UTILIZADO:
a. Bíblia.
b. Conteúdo impresso.
c. Livro (Usos e costumes do período bíblico)

3. TÉCNICAS UTILIZADAS PELO PLANO DE AULA.
a. Exposição Oral.
b. Debates.
c. Perguntas e respostas com o professor mediador.


CONTEÚDO
1. Preparação para o início da aula:
Usar uma dinâmica para aproximar os alunos e os colocar no centro da aula. A dinâmica que iremos usar é a da varinha: Material a ser usado: Um feixe de 16 varinhas (pode-se usar palitos de churrasco) Objetivo: União do grupo. A fé como força que pode agregar, unir e dar resistência às pessoas. Pedir que um dos participantes pegue uma das varinhas e a quebre. (o que fará facilmente). Pedir que outro participante quebre cinco varinhas juntas num só feixe (será um pouco mais difícil). Pedir que outro participante quebre todas as varinhas que restaram, se não conseguir, poderá chamar outra pessoa para ajudá-lo. Pedir que todos os participantes falem sobre o que observaram e concluíram. Terminar com uma reflexão sobre a importância de estarmos unidos.
2. Desenvolvimento da Aula:
Explicar aos alunos a história de Neemias de onde veio e até onde chegou. Assim enfatizando o mover de Deus em nossas vidas. Cabe neste ponto expor aos alunos e os mesmos trabalharem algumas perguntas: Qual é o significado do nome de Neemias? O que o motivou a tal tomada de ação? Far-nos-íamos o mesmo?
O aspecto de liderança nato em Neemias. Conhecedor e sabedor que era totalmente dependente de Deus e seu sentimento de amor pelo povo.
Desenvolvimento da espiritualidade dentro e fora da igreja ressaltando a necessidade de deixarmos ser movidos pela mão de Deus, mas entender que podemos ajudar ao próximo e não nos acomodar e deixar por conta do acaso.
1. Conclusão:
Finalizamos a aula com três perguntas que serão respondidas em aula, para debate entre os alunos:
a. Que tipo de pessoa temos sido: “As que deixam acontecer, as que fazem acontecer ou aquelas que se espantam com o que aconteceu”?
b. O que é importante para você no que diz respeito a um líder?
c. Qual o resultado prático da falta de espiritualidade no desenvolvimento da igreja?



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cristianismo


O INÍCIO
     Gostaria nesta parte de destacar o início do cristianismo, baseando-se nas escrituras onde Deus constrói o tudo do nada. Não havia qualquer material pré-existente que Deus tenha manipulado. E mais, a criação, totalmente dependente de Deus, é um ato altruísta da livre vontade e do amor de Deus; não é o resultado de uma automatização cósmica acidental ou descontrolada. Os ensinamentos cristãos acerca da criação não têm qualquer ligação com um ponto de partida cronológico do mundo material, centrando-se na afirmação da origem do mundo e da fé em Deus. Deus enche o cosmo gerado com a sua própria bondade.
“Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!” (1 Timóteo 6.16)
     Assim começa a história do Cristianismo no mundo, uma narrativa completamente desenvolvida para estabelecer na humanidade a oportunidade de uma ligação voluntária e eterna com Cristo Jesus. Deus deu o último passo em direção à reconciliação através da sua visita histórica ao planeta na Pessoa de seu Filho. Podemos conhecer de maneira bem pessoal este Deus que criou o Universo. Os céus e a terra estão aqui. Nós estamos aqui. Deus criou tudo que vemos e experimentamos. O que nos impede de acessá-lo?
2º E 3º SÉCULO/IDADE MÉDIA - CRISTIANISMO
O Cristianismo introduziu-se em todas as classes sociais. Passara já o tempo de só se encontrarem cristãos entre as classes paupérrimas e iletradas. A Igreja contava também não poucas pessoas das classes altas e ricas. Eram numerosos os cristãos na corte imperial e entre os elementos do governo. Não obstante haver na Igreja forte opinião de que o Cristianismo era incompatível com a profissão de soldado, eram muitos os cristãos no exército durante o 2º. Século; e eram numerosíssimos os soldados cristãos ao tempo de Diocleciano.    Muitos homens de alta cultura tinham-se tornado discípulos e usaram sua influência para desenvolver a causa cristã. A classe mais poderosa no Cristianismo era, porém, constituída de artesãos, pequenos negociantes, proprietários de pequenas terras, todas as pessoas humildes. Quem contribuiu para este extraordinário crescimento do Cristianismo? No início deste período, como no primeiro século, houve muitos missionários itinerantes que foram os pioneiros do cristianismo. Pelo ano 200 d.C. eram, porém, poucos esses heróis. Os apologistas ou defensores intelectuais do Cristianismo realizaram uma grande obra missionária. Um deles foi Justino, o Mártir (100-165). Era um grego natural de Palestina. Demonstrou sua origem grega, percorrendo as várias escolas filosóficas à procura da verdade. Numa dessas viagens, encontrou-se com um notável cristão que o fez compreender que o clímax da verdade que ele procurava encontra-se em Cristo. Pelo resto da sua vida, até ao seu marítimo, Justino levou sua vida viajando como os filósofos de então, ensinando o Cristianismo como filosofia perfeita. Escreveu também muitos livros com o propósito de explicar a verdade cristã aos pesquisadores pagãos. Outro apologista notável foi Tertuliano (160-320), advogado cartaginês, já de meia idade, convertido ao Cristianismo.

PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS
     Foi durante o governo do imperador Nero (54 a 68 DC) que tiveram início as primeiras perseguições aos cristãos. Estas perduraram de forma interminente, até o governo de Diocleciano, que promoveu a última e mais cruel delas (303 -305 DC). Dentre as causas que explicam o combate violento aos cristãos, destacam-se:
· A oposição dos cristãos à religião oficial de Roma, aos cultos pagãos tradicionais e ao culto à pessoa do imperador romano;
· A negociação de diversas instituições romanas como resultado dessa oposição (por exemplo, a recusa em servir no exército pagão dos romanos)
A punição e o martírio dos cristãos eram aproveitados como espetáculo trágico, de grande atração pública, que divertia a população. Lançados numa arena, eles eram obrigados a enfrentar, desarmados, leões e outras feras. Lançaram eles, mão de todo o poder de que dispunham, numa tentativa sistemática e impiedosa de varrer o Cristianismo do Império Romano. Milhares foram martirizados, a Igreja estava seriamente ameaçada, enfraquecida e em perigo mortal quando a perseguição foi suspensa pelo imperador Galieno.  Seguiu-se, então, a “Pax Longa” (260-303), durante a qual a Igreja muito conseguiu em número, poder e organização. Assim, ela ficou habilitada a suportar a última das perseguições, sob Diocleciano. Esta foi cuidadosamente organizada e ferocíssima, mas de pouca duração em algumas partes, prejudicando, relativamente pouco, a Igreja.
No 2º e 3º séculos o caráter geral dos cristãos permaneceu como desde o principio, bastante elevado, o que os tornava distintos do resto do mundo. Não obstante haver algumas exceções, os cristãos, em geral, eram conhecidos por sua moralidade superior. O mundo ficou especialmente impressionado com a expressão de amor fraternal desses cristãos, qualidade esta que era estranha para o mundo. Era comum a necessidade entre eles, pois havia muitos pobres. As perseguições deixavam muitas viúvas e órfãos e provocavam confiscação de bens. O amor cristão não era somente pelos irmãos na fé. Em época de calamidade, como pestilências, etc., os cristãos cuidavam dos necessitados, sem distinção, numa era quando ninguém se atrevia a fazê-lo.
Nesses dois séculos aparecem duas tendências que mais tarde influenciaram poderosamente a vida dos cristãos. Uma delas foi o ascetismo, que vem a ser a disciplina do caráter alcançada pela abstenção voluntária de coisas que em si mesmo são lícitas. Havia pessoas que jejuavam e renunciavam a vida em sociedade por uma existência solitária. Pensavam desse modo que seriam possível alcançar uma justiça especial. A outra tendência foi o legalismo. Era uma interpretação do sentido moral da religião, como obediência a certas leis e regras definidas. Os legalistas oravam muito e jejuavam em certos dias da semana e davam esmolas regularmente.

ASCENSÃO E QUEDA DO PODER PAPAL
     A subida ao poder dos Papas deveu-se a novas teorias, a Papas de grande capacidade, à política europeia e a mudanças da estrutura social. A teoria inspirou-se na Doação de Constantino, na altura considerada genuína, que concedia ao Papa todo o poder sobre a igreja e o Império. A partir de Gregório VII (1073 – 1085 DC) também se impôs a ideia de que o poder papal vinha diretamente de Deus. Através de um astucioso trabalho diplomático, alguns Papas asseguraram-se de que eram imprescindíveis em todos os níveis da sociedade. A reduzida sofisticação da política europeia ocidental, em comparação com bizantina e a muçulmana, garantiu que os Papas ascendessem ao cume do poder.
ENTRE DEUS E O HOMEM
1º. Ninguém pode julgar o Papa.
2º. A igreja de Roma nunca errou e jamais errará até o fim dos tempos.
3º. A igreja de Roma foi fundada pelo próprio Jesus Cristo.
4º. Apenas o Papa pode nomear e destituir bispos.
5º. Só ele pode ditar novas leis, criar novos bispados e      dividir os existentes.
6º. Só ele pode transferir bispos.
7º. Só ele pode convocar concílios gerais e autorizar leis canônicas.
8º. Só ele pode usar o emblema imperial.
9º. Pode depor imperadores.
10º. Um papa nomeado de forma correta é Santo sem qualquer dúvida, pelos méritos de são Pedro [1]

IDADE MÉDIA
Quando falamos em Idade Média, é quase impossível não se lembrar daquela antiga definição que costuma designar esse período histórico como sendo a “idade das trevas”. Geralmente, este tipo de conceituação pretende atrelar uma perspectiva negativista ao tempo medieval, como sendo uma experiência de pouco valor e que em nada pôde acrescer ao “desenvolvimento” dos homens. Para entendermos tamanha depreciação, é necessário que investiguemos os responsáveis pela crítica à Idade Média. Foi durante o Renascimento, movimento intelectual do período Moderno, que observamos a progressiva consolidação desta visão histórica.
     Para os renascentistas, o expresso fervor religioso dos medievais representou um grave retrocesso para a ciência. Seguindo esta linha de pensamento, vemos que a Idade Média é simplificada à condição de mero oposto aos ditames e valores que dominaram a civilização greco-romana. Não por acaso, os renascentistas se colocavam na posição de sujeitos que se deram o trabalho de “sequenciar” o conjunto de traços culturais, estéticos e científicos que foram primados na Antiguidade Clássica e “melancolicamente” abandonados entre os séculos V e XV.
Entretanto, um breve e mais atento olhar ao mundo medieval nos revela que estas considerações estão distantes dos vários acontecimentos dessa época. Afinal de contas, se estivessem vivendo nas “trevas”, como seriam os medievais os responsáveis pela criação das primeiras universidades? Essa seria apenas uma primeira questão que pode colocar a Idade Média sob outra perspectiva, mais coerente e despida dos vários preconceitos perpetuados desde a Idade Moderna.
UNIVERSIDADES – é uma das invenções da igreja medieval latina que sobreviveu e evoluiu para se tornar na grande instituição de ensino e de pesquisa que hoje conhecemos. A palavra universitas, usada normalmente para expressar a vasta gama de matéria estudadas na universidade, significa na realidade corporação. Refere-se ao fato de a universidade ser uma ação concentrada de vários professores no mesmo lugar.
E é neste ponto que o declínio do papado acontece em uma forte desavença entre Felipe O Belo, rei da França e Bonifácio VIII. Felipe tentava persuadi-lo para a liberação de mais recursos para guerra, mas o mesmo reduz os fundos de guerra. Felipe corta o envio de ouro para Roma. Esta instalada uma guerra entre o império e a igreja.
Neste período algumas Igrejas se separaram da Igreja Católica por causa de questões teológicas, e outras causas políticas e raciais. No 5º. século, Nestório, Patriarca de Constantinopla, foi condenado pela Igreja e banido pelo Imperador sob a acusação de heresias quanto à pessoa de Cristo. Suas ideias foram aceitas por muitos cristãos da cidade Síria de Odessa. Os “nestorianos” eram, sem dúvida, crentes em Cristo. Diferiam da Igreja Católica unicamente por explicarem a divindade de Cristo de um modo que não era considerado ortodoxo. Banidos de ódio e acusados de heresias pelo Imperador, foram para a Pérsia. Ali fortaleceram grandemente o Cristianismo. Foi organizada uma Igreja independente, chefiada por um arcebispo que, em 498, tomou o título de Patriarca do Oriente.
     Mesmo até aqui não havia espaço para os Pastores de homens, a igreja Católica maciçamente engolia qualquer movimento antirroma.

REFORMA
     “Que bom que Jesus fala alemão!” Esta é uma inocente exclamação de um leigo ao ver pela primeira vez os evangelhos escritos em sua própria língua.
Atualmente,o número de protestantes ronda os 500 milhões em todo o mundo, com presença em 233 países. Concentram-se no Norte da Europa, Atlântico Norte, América do Norte e partes da América do Sul, Sul da África, Austrália, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, ilhas do Pacífico e Coreia do Sul.
A diversidade remonta a uma única origem, a Reforma do século XVI, na Europa. As principais figuras envolvidas foram o monge alemão Martinho Lutero (1483-1546), o advogado francês João Calvino (1509-1564) e o padre suíço Ulrich Zwingli (1484-1531). Cada um pretendia reformar a Igraja a partir de dentro e restaurar aquilo que defendiam ser a forma bíblica original. Para sua surpresa, depressa deram vida a movimentos em massa rumo à mudança.


DESAFIO E MUDANÇA
Quais eram as posições destes reformadores? Em primeiro lugar, o único caminho para a salvação é através nda fé, um dom de Deus. Uma vez que somos pecadores, nada podemos fazer para nos salvarmos; garantidamente, as boas ações não nos levarão às portas do Céu. Em segundo lugar, a única autoridade é a bíblia (que deve ser lida na língua de cada um) e quem afirme representar Deus está errado.
Finalmente, e como ninguém é melhor que o outro, os crentes são iguais perante Deus. Estas posições representaram um profundo desafio para a Igreja de então. O Papa e os padres viram-se, de repende, postos de lado. Quase todos os protestantes rejeitaram os santos, o  monasticismo, o celibato, a confissão, as imagens e o significado dos sacramentos. Tamanho desafio foi demasiado para mudar a Igreja, e os protestantes iniciaram um novo mandamento.
Se Lutero, Calvino, Zwingli e outros reformadores tivessem vivido um século antes, teriam conhecido o seu fim na fogueira. Mas a altura era propícia à mudança e os reformadores tiveram a sorte de ter protetores poderosos.
No caso de Lutero, foi o príncipe Frederico III da Saxónia; Genebra ofereceu um porto seguro a Calvino; e quanto a Zwingli, o município de Zurique garantiu que ele poderia continuar a pregar, a escrever e a ordenar. Os líderes políticos a quem as suas ideias agradavam viram também uma oportunidade de independência relativamente a reis distantes (em Inglaterra, a rutura de Henrique VIII com o Papa, em 1529, enquadra-se neste contexto). O recheio dos cofres vazios com as receitas provenientes de igrajas e mosteiros confiscados também ajudou. Com grade sucesso, o alvo dos reformadores foram as classes dirigentes.

RADICAIS NAS FILEIRAS
     As classes dirigentes não foram as únicas a adotar as novas crenças. O povo também ficou influenciado, pressentindo o desafio do poder. A afirmação de que cada um podia ler a Bíblia de modo autônomo e de que a sua fé dependia da sua relação com Deus constituiu uma rutura radical. Podia-se ler a Bíblia, rezar e prestar culto a Deus na mais humilde cabana camponesa, no campo ou num barco de pesca. Esta simplicidade levou, também, a conceções por parte da Igreja. Sem imagens, sem pinturas, estátuas, as pessoas concentravam-se apenas em Deus. A afirmação de que qualquer soberano, do Papa ao rei, era tão pecador quanto o mais humilde camponês ecoou profundamente entre os oprimidos. Assim, alguns levaram mais longe as ideias dos reformadores. Pressentia-se a mudança: as economias transitavam para o capitalismo, a política estava agitada e as crenças acompanharam essas mudanças. Houve revoltas, a maior, por parte dos camponeses na Alemanha (1524-1525), liderada por um antigo aluno de Lutero, Thomas Müntzer. Os chamados Reformadores Radicais foram ainda mais longe. A principal diferença residia no batismo do crente ou no anabatismo (batizar de novo), como era designado. Só alguém consciente da sua fé devia ser batizado e isso adaptava-se a adultos e não a crianças.
QUAL A ORIGEM DA PALAVRA “PROTESTANTE”?
O nome “protestante” tem origem numa declaração minoritária de delegados reformadores  na Dieta (conferência) de Speyer (uma cidae alemã), em 1529. Perante uma posição Católica Romana maioritária que procurava impedir a Reforma, esta minoria realizou uma “Protestatio” (protesto) contra a maioria. O nome ficou.
·  Os Amish formam um grupo religioso ao abrigo dos menonitas; são herdeiros dos Reformadores Radicais, que levaram ainda mais longe os ideais dos Reformadores.

O EVANGELHO DA GRAÇA
     O luteranismo conseguiu criar raízes porque as suas ideias básicas tinham obtido o apoio dos eruditos e das classes políticas e populares. Como pregador, secerdote e confessor, Lutero ficou consternado com a devoção popular às indulgências, “créditos” que membros  da Igreja concediam na crença de que o perdão divino dos nossos pecados podia ser comprado com dinheiro. Esta consternação transformou-se numa produnda preocupação com a essência dos Evangelhos: segundo a concepção de Lutero, Deus é, acima de tudo, graça e misericórdia. Quando a hierarquia eclesiástica, incluindo o papado, saiu em defesa das indulgências, ele acabou por se convencer de que a autoridade final da Igreja estava na palavra de Deus, que nos fala diretamente através das escrituras. Se os líderes da Igreja perseguiam todos aqueles que apoiavam o Evangelho da Graça, então representavam o Anticristo. A mensagem de Lutero coalesceu com um anticlericalismo muito mpopular.
     Lutero podia criticar fervorosamente governantes, príncipes e magistrados, mas outorgava-lhes uma função quase episcopal no governo da Igreja. O luteranismo tendia a ser socialmente conservador e tratava as diferenças no seio da sociedade como uma dádiva de Deus. Quando os artesãos e camponeses se sublevaram, entre 1524 e 1525, e reivindicaram o apoio das Escrituras na sua luta pela abolição da servidão e de outrs formas de injustiça, Lutero mostrou-se indignado, sobretudo quando eles recorreram às armas para defenderem a sua causa. A liberdade do Evangelho devia ser entendida espiritual e não politicamente.


CONCLUSÃO
     Percebo que os pastores, os anunciadores das boas novas sempre estiveram à espreita destas guerras, cruzadas promovidas pela Igreja Católica, afim de injetar o evangelho de Jesus Cristo nas camadas sociais mais inferiores. Camadas estas que sofriam com a opressão por meio dos impostos e pagamentos para receberem benefícios religiosos. Isto é, o verdadeiro trabalho pastoral é encontrar caminhos, portas, fendas com a finalidade de que o perfume doce e suave do Evangelho da salvação adentre os corações necessitados. Homens de Deus sempre estiveram e sempre estarão em todo o globo falando da graça salvadora.
O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer[2] que pregou Cristo durante o nazismo, escreveu: “todo mal causado por Hitler e pelos seus possui data de validade. Porém , o amor e a graça de nosso Deus manifestados em Cristo Jesus são intransponíveis, indestrutíveis, incontroláveis e intermináveis.”
Lutero fugiu para um castelo na Alemanha para lá traduzir a Bíblia, na solidão do isolamento escreveu um dos mais belos hinos do Cantor Cristão “Castelo Forte”, a primeira estrofe relata bem sua situação, preso, porém seguro com Deus, “Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo...”.
     Dietrich Bonhoeffer e Lutero passaram por inúmeros problemas e perseguições, medos e angústias, escondidos ficaram por muito tempo, contudo, o Evangelho nunca parou de crescer na vida deles e nas daqueles que os ouviam. ” Mas que importa? Contanto que, de toda maneira, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado, nisto me regozijo, sim, e me regozijarei;” (Filipenses 1.18)
     Hoje o mundo surfa na onda da prosperidade que tem levado muitos a buscar um deus que acaba e se dissolve. Como uma onda que começa grande mas termina sem forças na areia, assim são estas religiões. Os pregadores do verdadeiro Evangelho precisam estar atentos como nossos reformadores que perceberam a necessidade daqueles que se machucavam e se feriam quando a onda batia na praia, vendo neles a chance de plantar a semente que é Jesus Cristo, amemos e reformemos nossos corações e mentes no amor imaculado de Deus. ”Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.” (Hebreus 4.16)



BIBLIOGRAFIA
· BAHR, Ann Marie B.  Cristianismo – 2000 anos da fé cristã.  Australia: ullmann, 2009.  445p.
· BÍBLIA, de Estudo.  Aplicação Pessoal.  São Paulo: CPAD, 1995.  2012p.
· BRAICK, Ramos Patrícia. MOTA, Becho Myriam.  História da cavernas ao terceiro milênio.  2. ed.  São Paulo: MODERNA, 2006.  88p. 
· COTRIM, Gilberto.  Historia Glibal.  São Paulo: SARAIVA,  2010.  320p.
· CURY, Augusto.  O mestre da Vida.  Rio de Janeiro: Sextante, 2006.  166p.
· VIEIRA, Valmir.  Criatividade na Liderança.  Rio de Janeiro: CLIC(Centro de Liderança Criativa), 2012.  224p.
    



[1] Carta escrita pelo Papa Gregório VII
[2]  foi um teólogo, pastor luterano, membro da resistência alemã antinazista e membro fundador da Igreja Confessante, ala da igreja evangélica contrária à política nazista.

A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...