segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

COMO VENCER UMA CRISE EM UM MOMENTO DE CRISE.


            Pode parecer redundante, mas na verdade é ponto importante da mensagem. Quando enfrentamos em nossas vidas problemas e o nosso entorno é favorável, parece-nos que os problemas pelos quais passamos são uma mera gripe que com repouso e canja de galinha passa. Contudo, as coisas começam a mudar quando os meus dilemas estão acometidos dentro de um ambiente desfavorável, assim, tudo é somatizado e uma simples dor torna-se um câncer terminal. Lembro-me de uma irmã em Cristo que não podia encontrar um médico com uma especialidade nova, pois rapidamente a mesma começava a apresentar sintomas da doença.
            A situação de Davi neste salmo é bem parecida, um homem cheio de problemas vivendo em um ambiente ainda pior. Para entendermos toda esta história, faz-se importante entendermos o contexto (é a relação entre o texto e a situação em que ele ocorre dentro do texto. É o conjunto de circunstâncias em que se produz a mensagem que se deseja emitir, lugar e tempo, cultura do emissor e do receptor, etc. - e que permitem sua correta compreensão. Também corresponde à situação de ocorrência da palavra, isto é, a oração onde ela se encontra.) deste belíssimo texto. Isto posto, veremos quatro ambientes deste Escrito Sagrado.
É UM SALMO – Salmos é o livro do Antigo Testamento mais citado no Novo. O livro de Isaias vem bem longe no segundo lugar, sendo citado cerca de cinquenta vezes, e Salmos, mais de quatrocentas vezes. Dos 150 salmos, cem trazem o nome do autor; destes 75 são direcionados a Davi. O salmo 25 é um dos salmos davídicos.
É UM POEMA – Os salmos são antigos poemas em hebraico sem rimas que costumamos associar à poesia.
SEU TEMA É O DESESPERO – este salmo é um grito de desespero e desesperança. É Davi em busca da confiança total em Deus.
É A SÚPLICA DE UM HOMEM ABATIDO - Absalão o filho de Davi, o texto de Reis vai dizer que era um homem belo, começa a armar um golpe de estado para destronar Davi e ocupar o lugar como rei. 2 Samuel 15 e 16 contará essa história, e conta-se, que Absalão abordava as pessoas que iam conversar com o Rei dizendo a elas: “ O rei está velho e ocupado, converse comigo” assim, o coração de Israel voltou-se para Absalão. Agora paremos e imaginemos Davi escrevendo este salmo, fugindo da capital com poucos soldados e amigos e escondido no deserto, pois queria evitar um conflito que ocasionaria a morte de seu filho. Porém o dia fatídico chegou,  Absalão morre. Joabe seu general não entende a reação de Davi diante da noticia da morte de Absalão – “Então o rei se perturbou, e subiu à sala que estava por cima da porta, e chorou; e andando, dizia assim: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho, Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 18.33)
Este era o contexto do salmo 25, filho tentando destronar pai, o pai fugindo de sua própria casa, filho morto. Assim podemos caminhar para as Escrituras Sagradas aprendendo com Davi.
DECLARE SEUS DILEMAS A DEUS E NÃO SE DESESPERE
A ti, Senhor, elevo a minha alma1. Em ti confio, ó meu Deus. Não deixes que eu seja humilhado, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim!2 Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado; decepcionados ficarão aqueles que, sem motivo, agem traiçoeiramente3. (Salmos 25.1-3)
Davi abre seu coração, ele eleva sua alma a Deus. A alma é a parte imaterial do homem, significa todo o seu ser, isto é Davi se derramou diante de Deus. Derrame todo o eu ser aos pés de Deus deixe Ele te ouvir.
Davi continua, e agora pede para não ser humilhado, significa cair em desgraça, ser envergonhado – Deus não deixe que isso acabe mal! Um grito de desespero, de dor, de aflição. Davi viu seu filho morrer e ficou com medo de seus inimigos. Você está com medo declare isso a Deus (conte a história da alergia do Luciano)
Ao falar abertamente com Deus Davi aprendeu e nos ensinou que qualquer um que espera no senhor ficará decepcionado; nenhum deles cairá e desgraça. Davi aprendeu sobre traição, que aquele garotinho que pegou no colo, que o jogou para o ar o traiu e muitos dos seus soldados também. Fizeram isso tudo sem motivo, pois Davi os amava. Davi aprendeu que não tem nada mais reconfortante do que abraçar um Deus que nunca trai!
DEIXE DEUS TE GUIAR PELOS SEUS CAMINHOS.
Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas4; guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo5.
(Salmos 25.4-5)
Davi pede para Deus mostrar seus caminhos, isto é, Davi pede para Deus mostrar como ele age. Deixe-me entender o que está acontecendo, me mostre, está muito difícil para mim, eu não estou suportando, por favor, mostre-me.
            Deus tem seus caminhos - Os caminhos do Senhor são justos, retos (Oséias 14.9). O que Davi quer nos dizer é que Deus está no controle de tudo, mesmo que esteja sofrendo agora e não consiga ver o final feliz nesta história, mas eu confio no senhor e sei que seus caminhos são melhores que os meus e se o Senhor quis assim então assim será.
            Aprendemos que não entendemos os caminhos de Deus, mas escolhemos confiar! Não deixe seus problemas serem maiores que Deus - pois a ira do homem não produz a justiça de Deus. (Tiago 1.20). Aprendi na bíblia que minha justiça é trapo de imundice. Compreendi que minha dor e minha ira não vão fazer Deus mudar seus propósitos. Então deixe Deus te guiar, pois mesmo em meio às tristezas e dores é melhor na Estrada do Pai. Porque Ele é o Deus da nossa salvação, logo nossa esperança está nEle.
Quero te convidar a crer, pois para sermos guiados por alguém se faz necessário ter Fé, pode até demorar, mas espere em Deus.
FAÇA UMA GERAL NO QUE É VELHO E JOGUE FORA
Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e da tua misericórdia, que tens mostrado desde a antiguidade6. Não te lembres dos pecados e transgressões da minha juventude; conforme a tua misericórdia, lembra-te de mim, pois tu, Senhor, és bom7. (Salmos 25.6-7)
Davi clama por misericórdia e pede que Deus Não se lembre de suas transgressões do passado. Quando estamos em crise a primeira coisa que lembrarmos sãos nossos erros. Estou pecando porque recebi maldição, porque fiz isso, fiz aquilo. Não quero te levar a cometer pecado atrás de pecado, apenas quero lembrar-te que as coisas velhas se passaram e tudo se fez novo, avante para alvo - prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3.14)


GUARDE OS ENSNAMENTOS DO SENHOR
Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores8. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho9. Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para aqueles que guardam a sua aliança e os seus testemunhos10. (Salmos 25.8-10)
Os versículos 8 e 9 nos convida a sermos bons alunos, homens e mulheres que conhecem o caminho do senhor que guardam seu juízo. E acima de tudo obedecem a seu tutor, seu orientador, seu mestre.
TALMIDIM (aprendizes, discípulos).
Na Galiléia do tempo de Jesus, os meninos em Israel iniciavam seus estudos da Torah aos 6 anos de idade. Aos 10 anos já tinham a Torah decorada. O ensino era geralmente oferecido por um rabino nas sinagogas.
A partir dos 10 anos de idade, quando encerravam os estudos na escola primária (Beit Sefer) apenas os melhores e mais destacados alunos eram selecionados para a escola secundária (Beit Talmud).
Os meninos que não prosseguiam os estudos eram ensinados na profissão da família.
Os que haviam sido selecionados para dar seguimento aos seus estudos, aos 14 anos já sabiam de cor todas as Escrituras: além da Torah (a Lei de Moisés, composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia, chamados de Pentateuco), também os livros históricos, de sabedoria e todos os profetas.
Com essa idade eram também iniciados na tradição oral, a sabedoria dos rabinos acumulada ao longo da história de Israel, e passavam a discutir as interpretações e aplicações da Lei de Moisés.
Aos 14 e 15 anos, somente os melhores entre os melhores estavam estudando, geralmente aos pés de um rabino famoso e respeitado.
Esses pouquíssimos meninos da elite intelectual de Israel eram chamados talmidim.
Os rabinos daquela época se distinguiam na maneira de interpretar e ensinar como aplicar a Lei de Moisés.
Cada rabino possui seu conjunto de regras e interpretações. Por exemplo, discutiam o que poderia ou não ser feito para guardar o shabat. Esse conjunto de regras e interpretações era chamado de “o jugo do rabino”. Hillel e Shamai, por exemplo, eram dois rabinos famosos no tempo de Jesus. Cada um deles tinha seus talmidim, e muitos seguidores que se colocavam sob seu jugo.
A relação entre um rabino e seus talmidim era intensa e pessoal. Em Israel havia uma recomendação aos talmidim: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi”.
Isso significava que um talmid deveria observar tudo quanto seu rabino dizia, fazia e a maneira como vivia, pois sua grande ambição não era meramente saber o que seu rabino sabia, mas principalmente se tornar semelhante ao seu rabino.
A relação rabino-talmid era intensa e pessoal, e enquanto o rabino ensinava sua interpretação da Lei e vivia como modelo aos olhos de seus talmidim, cada talmid fazia todo o possível para em tudo imitar seu rabino de tal maneira a que se tornasse igual a ele.
O conceito de talmidim é um dos mais fundamentais do Novo Testamento.
Jesus, o Cristo de Deus, escolheu o sistema rabino/talmid para se relacionar com os seus seguidores.
Assim como os rabinos de sua época, Jesus também chamou seus talmidim.
Com duas diferenças.
A primeira é que Jesus criticou os rabinos seus contemporâneos, afirmando que colocavam um jugo pesado demais sobre seus seguidores, e que eles mesmos não conseguiam suportar.
Eram rabinos do tipo “faça o que digo, mas não faça o que eu faço”.
Jesus, além de viver de modo absolutamente coerente com seu ensino, oferece descanso aos talmidim dos outros rabinos, que viviam cansados e sobrecarregados, e promete aos seus talmidim “um jugo suave e um fardo leve”.
A segunda diferença é que os talmidim em Israel eram meninos extraordinários, uma elite intelectual e privilegiada. Mas Jesus convida a todos, indistintamente, para que se tornam seus talmidim. Pessoas comuns, como você e eu, podem seguir a Jesus e viver sob a promessa de que um dia se tornarão exatamente iguais a ele. Jesus ensinou aos seus discípulos em três anos de intensa convivência.
Agora no versículo dez cabe um inverso – E quem não guarda sua aliança e seu testemunho? Davi sabia que tinha cometido erros em sua vida, e a morte de Absalão foi um destes erros, de um pai ausente, de um pai que não ensinou seus filhos a trilharem o caminho do senhor. Mas uma vez Davi repete que compreende sua situação e sabe que Deus está no controle de todas as coisas.
ASSUMA SEUS ERROS E ANDE COM DEUS
Por amor do teu nome, Senhor, perdoa o meu pecado, que é tão grande11!
           Davi agora clama “Senhor não consigo mais suportar, está pesado de mais para mim, o pecado e sua correção estão pesados demais.” Se eu te perguntasse qual fardo abandonar, a correção de Deus ou o pecado? Tenho quase certeza que será a segunda e isso que Davi pede. Senhor me perdoa e tire de mim este peso.
Quem é o homem que teme o Senhor? Ele o instruirá no caminho que deve seguir12.
Viverá em prosperidade, e os seus descendentes herdarão a terra13.
O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança14.
*      Nos versos 12 a 14 Davi deixa claro que o melhor é ter uma aliança com o Senhor, e essa vem do temor, isto é, o conhecer a Deus e sua justiça. O fato é claro aqui! O melhor é temer a Deus e não se preocupar com medos desnecessários e nem procurar a aprovação ou desaprovação alheia. Paulo aprendeu bem isso - Pouco me importa ser julgado por vocês ou por qualquer tribunal humano; de fato, nem eu julgo a mim mesmo. (1 Coríntios 4.3)
*      Vamos analisar essa conversa de Paulo:
*      _ Paulo você não se importa com que as pessoas pesam de você?
*      _ Até me importo. Mas o negócio é o seguinte: quem me julga é Deus
Se você e eu nos concentrarmos naquilo que Deus pensa de nós, o temor do homem será totalmente derrotado.
Os meus olhos estão sempre voltados para o Senhor, pois só ele tira os meus pés da armadilha15.
*      Davi nos dá a sensação de estar andando em um campo minado, onde seus olhos não conseguem perceber o perigo, tem medo de sair do deserto e encontrar a morte. Deixe o SENHOR encontrar as minas para você e no tempo dEle desarmá-las e levá-lo com segurança.
Salmos 25.11-15
DEIXE DEUS TE CONHECER
Volta-te para mim e tem misericórdia de mim, pois estou só e aflito. As angústias do meu coração se multiplicaram; liberta-me da minha aflição. Olha para a minha tribulação e o meu sofrimento, e perdoa todos os meus pecados. Vê como aumentaram os meus inimigos e com que fúria me odeiam!
(Salmos 25.16-19)
Deus! Preciso saber se realmente está em sintonia comigo, o senhor sente minhas amarguras.
CONCLUSÃO!
Guarda a minha vida e livra-me! Não me deixes decepcionado, pois eu me refugio em ti. Que a integridade e a retidão me protejam, porque a minha esperança está em ti. Ó Deus, liberta Israel de todas as suas aflições! Salmos 25.20-22
*      Davi ora por ele mesmo e por Israel! Davi mais uma vez grita - Pai não sei quanto tempo vou aguentar se não me protegeres.
Jesus fez a mesma oração, ou uma paráfrase do salmo 25 em João 17, orando por Ele mesmo, por seus discípulos e pelos crentes! Jesus também deixou claro que suas dores seriam extremas, mas confiar no Pai é a melhor coisa!

Confiar em Jesus é a condição de se achegar ao Pai, pois o próprio diz que Ele e o Pai são um, logo quem está em Jesus definitivamente pertence ao Pai.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

BATALHANDO PELA FÉ


BATALHANDO PELA FÉ
JUDAS 1-25
O autor se identifica como... Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, (Judas 1a). Judas era um nome comum no primeiro século, e dentro do NT há seis homens mencionados por este nome.
Judas Iscariotes, um dos doze“e Judas Iscariotes, que o traiu”. (Marcos 3.19).
Judas, filho de Tiago“Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor”. (Lucas 6.16);Disse então Judas (não o Iscariotes): Senhor, mas por que te revelarás a nós e não ao mundo”? (João 14.22), que é um dos doze, chamado Tadeu – “André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote,” (Marcos 3.18);
Judas, um irmão de Jesus“Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? E ficavam escandalizados por causa dele.” (Marcos 6.3).
Judas da Galiléia“Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que liderou um grupo em rebelião. Ele também foi morto, e todos os seus seguidores foram dispersos.” (Atos 5.37);
Judas de Damasco“O Senhor lhe disse: Vá à casa de Judas, na rua chamada Direita, e pergunte por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está orando;” (Atos 9.11).
Judas Barsabás“Então os apóstolos e os presbíteros, com toda a igreja, decidiram escolher alguns dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, dois líderes entre os irmãos.” (Atos 15.22).
Na introdução, Judas se identifica como irmão de um Tiago que não precisa de mais nenhuma apresentação. Na igreja primitiva, e especialmente após a morte de Tiago, filho de Zebedeu (44 d.C), somente um Tiago poderia ser referido dessa maneira absoluta – “Não vi nenhum dos outros apóstolos, a não ser Tiago, irmão do Senhor. (Gálatas 1.19).
PROBLEMA DA IGREJA – Agnosticismo - Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.
A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11.6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4.24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1.20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19.1-4), percebida na natureza (Romanos 1.18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3.11).
O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.
            Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocarmos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateu-agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?
            É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com frequência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11.33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”.
           I. BATALHAR PELA FÉ É UM DEVER
Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos. Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor (Judas 1.3-4)
            É imprescindível entendermos o verbo dever, pois o mesmo em sua construção frasal liga duas ações, isto é, quem deve, deve algo a alguém. Logo, Judas deixa claro que não irá falar de salvação, mesmo que, este assunto o agradasse tanto, contudo, preferir falar de nosso dever, batalhar pela fé.
            Parece-me que Judas, não estava falando para não crentes, mas para Cristão. È como se ele dissesse: Vocês são salvos, porém vêm dias onde sua fé no nosso salvador será colocada a prova, será precioso um embate espiritual – “pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” (Efésios 6.12).
O motivo da carta foi à penetração de pessoas ímpias na comunhão da igreja. Esses heréticos estão sujeitos a quatro acusações: entraram secretamente; já estavam destinados à condenação; são ímpios, isto é, irreverentes; e negam a Cristo como Mestre e Senhor. Negar é positivamente descrer do que Cristo testemunhou a Seu respeito. O antinomianismo[1] gnóstico implicava em dissimulação (lascívia), palavra que traz em si a ideia de devassidão sexual.
Assim, vivemos um antinomianismo pos-moderno!
                               II. BATALHAR PELA FÉ É SER CRISTÃO
a. “Embora vocês já tenham conhecimento de tudo isso, quero lembrar-lhes que o Senhor libertou um povo do Egito, mas, posteriormente, destruiu os que não creram.” (Judas 1.5). O argumento de Judas é que a profissão de fé de um homem não o coloca em posição de justo diante de Deus. A possibilidade de escorregar está ilustrada pelo exemplo dos israelitas incrédulos que foram salvos do Egito, mas subsequentemente destruídos. Portanto, precisamos ser e não achar que somos!
b. “E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia.” (Judas 1.6). Não troque sua morada!
c. “De modo semelhante a estes, Sodoma e Gomorra e as cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais antinaturais. Estando sob o castigo do fogo eterno, elas servem de exemplo.” (Judas 1.7). Finalmente, Judas cita a história de Sodoma e Gomorra para reforçar sua imagem. Essas cidades, através das Escrituras, são simbólicas do juízo divino executado pelo fogo. Assim o seu destino foi uma figura do destino dos crentes professos que não perseveram na justiça.
d. “Da mesma forma, estes sonhadores contaminam seus próprios corpos, rejeitam as autoridades e difamam os seres celestiais.” (Judas 1.8). Está ligado ao Versículo.
e. “Contudo, nem mesmo o arcanjo Miguel, quando estava disputando com o diabo acerca do corpo de Moisés, ousou fazer acusação injuriosa contra ele, mas disse: O Senhor o repreenda! (Judas 1.9)”. A moral que Judas aponta é que Miguel mostrou reservas até mesmo em seu relacionamento com o diabo, enquanto os falsos mestres não exibiam reverência por qualquer autoridade.
f. “Todavia, esses tais difamam tudo o que não entendem; e as coisas que entendem por instinto, como animais irracionais, nessas mesmas coisas se corrompem.” (Judas 1.10). Com ironia Judas destrói a afirmação gnóstica de superioridade espiritual professada por eles, dizendo que eles possuem somente instintos de animais irracionais. O conhecimento adquirido exclusivamente através dos sentidos naturais, e a dependência no mesmo, conduz sem dúvida alguma à destruição.
g. “Ai deles! Pois seguiram o caminho de Caim, buscando o lucro, caíram no erro de Balaão e foram destruídos na rebelião de Corá.” (Judas 1.11). Judas pronuncia um ai! Empregando novamente uma tríade de exemplos históricos – Caim, Balaão e Coré. Caim é tipo de injustiça, Balaão do espírito da mentira e cobiça (Número 22-24) e Coré, da rebelião dos descontentes contra autoridades devidamente constituídas (Número 16). Esses tipos de pecados solapam [2]a saúde espiritual de toda a igreja e destroem aqueles que os praticam.
h. “Esses homens são rochas submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, comendo com vocês de maneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si mesmos. São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz.” (Judas 1.12). Festas de fraternidade eram refeições feitas em conexão com os cultos de adoração ou a Eucaristia, e sua, intenção era aumentar a comunhão cristã dos crentes, fortalecendo seu senso de união com Cristo. Ao que parece os heréticos gnósticos corromperam tais festas em orgias vorazes, pervertendo assim seu propósito. Eles se alimentavam sem se preocupar com o bem-estar espiritual da Igreja. Nuvens sem água descrevem especialmente esses homens; não tinham preocupação espiritual, e eram carregados pelo vento como se não tivessem peso. O outono é a estação dos frutos. Mas os falsos mestres não produzem fruto, e tais árvores, estando duplamente mortas, estão destinadas à destruição.
i. “São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas.” (Judas 1.13). As vidas dos ímpios são como as inquietas ondas bravias do mar, as quais sujam de detritos as praias. Tais vidas, além de produzirem condenação futura, são também motivo presente de vergonha e ignomínia. Por último, Judas descreve os heréticos como estrelas errantes.
j. “Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: "Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, para julgar a todos e convencer a todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele". Essas pessoas vivem se queixando e são descontentes com a sua sorte, seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse.” (Judas 1.14-16). Depois de afirmar o destino dos falsos mestres, Judas descreve o caráter deles de três maneiras:
                                                   i. São RESMUNGADORES, isto é, lamurientos furtivos;
                                                 ii. São DESCONTENTES, cujo único guia é a sua paixão;
                                               iii. E são dados à EXIBIÇÃO BARULHENTA, tendo em vista o seu próprio lucro.

                      III. BATALHAR PELA FÉ TORNA-NOS FORTES
a.       “Todavia, amados, lembrem-se do que foi predito pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles diziam a vocês: Nos últimos tempos haverá zombadores que seguirão os seus próprios desejos ímpios. Estes são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua própria alma e não têm o Espírito.” (Judas 1.17-19). Judas continua sua acusação contra os falsos mestres, enquadrando-os em dois grupos: são divisivos e sem o Espírito de Deus. O verbo grego, promovem divisões, sugere um estabelecimento de linhas demarcatórias que dão lugar a um espírito faccioso. Além disso, revela um senso de superioridade da parte destes falsos mestres. Com sutil ironia Judas acusa os gnósticos, que se consideravam espirituais, de não ter o Espírito. Ele afirma que a espiritualidade é uma qualidade de vida produzida pelo Espírito de Deus, e não pelo exercício religioso só conhecido pelos poucos iniciados.
b.       “Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo.” (Judas 1.20). Mais uma vez um desafio direto é feito aos leitores. A pureza de vida começa com a sã doutrina, isto é, a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (v.3). A chave para o significado de edificando-vos se acha na frase seguinte, orando no Espírito Santo. A forte implicação é que os homens verdadeiramente espirituais não são justos aos seus próprios olhos nem desprezam os outros (v.19), mas aqueles que oram no Espírito Santo.
c.       “Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna.” (Judas 1.21). "Guarde-se do perigo do mal, permitindo Deus demonstrar o Seu amor para você no futuro também". O meio ambiente atual do cristão é o AMOR DE DEUS e a EXPECTATIVA FUTURA é a garantia de vida eterna com Cristo Jesus.
d.      “Tenham compaixão daqueles que duvidam;” (Judas 1.22). Assim, nesta passagem, Judas insiste com os cristãos a atender às dúvidas intelectuais e morais dos afetados pelos falsos mestres. O fim em vista não é a expulsão e condenação dos duvidosos, mas sua restauração à comunhão.
e.       “a outros, salvem-nos, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne.” (Judas 1.23). A atitude do cristão deve ser de misericórdia para com o pecado, acoplada com ódio pelos pecados dele.

        IV. BATALHAR PELA FÉ NOS LEVA A VITÓTIA.
“Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria,ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém.” (Judas 1.24,25)
Uma das maiores e mais sublimes bênçãos do N.T é esta que se encontra no final desta curta epístola. Duas outras bênçãos paulinas comparáveis são a de Romanos 16.25 – “Ora, àquele que tem poder para confirmá-los pelo meu evangelho e pela proclamação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério oculto nos tempos passados,” e I Timóteo 6.14-16 – “Guarde este mandamento imaculado, irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém”.
                Vital a todas as exortações feitas aos crentes é o lembrete dos recursos infinitos do próprio Deus, único que tem competência para nos guardar de tropeçarmos nesta vida e atraí-los a Ele próprio no último dia. Ele aperfeiçoará a obra da santificação para que os crentes sejam irrepreensíveis, ou imaculados. Esta palavra faz lembrar a descrição dos animais sacrificados no V.T Judas 25 ensina-nos duas coisas, a SINGULARIDADE DE DEUS e a IGUALDADE DE JESUS CRISTO COM DEUS PAI. Assim ele milita contra a ideia de que a divindade de Cristo foi uma invenção da igreja pós-apostólica. Deus é chamado sete vezes de Salvador no N.T Aqui o Seu poder salvador está comprovado na Pessoa do Seu Filho, o qual a Igreja reconhece como "Senhor", isto é, Deus. A última atribuição de glória, majestade, domínio e autoridade é o testemunho de Judas do benevolente caráter de Deus, o qual operou a nossa salvação por meio de Cristo.



[1] A palavra antinomianismo vem de duas palavras gregas, (a0nti/) anti, que significa "contra", e (no/moj) nomos, que significa "lei". Sendo assim, antinomianismo significa “contra a lei.” Teologicamente, o antinomianismo é a crença de que não há leis morais que Deus espera que os cristãos obedeçam. O antinomianismo leva um ensinamento bíblico a uma conclusão antibíblica. O ensinamento bíblico é o de que os cristãos não são obrigados a observarem a lei do Antigo Testamento como um meio de salvação. Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele cumpriu a Lei do Antigo Testamento (Romanos 10:4, Gálatas 3.23-25, Efésios 2:15). A conclusão antibíblica é a de que não há nenhuma lei moral que Deus espera que os cristãos obedeçam.
O apóstolo Paulo tratou da questão do antinomianismo em Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?" O ataque mais frequente sobre a doutrina da salvação pela graça é que ela encoraja o pecado. As pessoas podem se perguntar: "Se sou salvo pela graça e todos os meus pecados são perdoados, por que não pecar o quanto quiser?" Esse pensamento não é o resultado de uma verdadeira conversão porque a verdadeira conversão produz um maior, não menor, desejo de obedecer. O desejo de Deus – e o nosso desejo quando somos regenerados por Seu Espírito - é que nos esforcemos a não pecar. Como gratidão por Sua graça e perdão, queremos agradá-Lo. Deus nos deu o Seu dom infinitamente misericordioso através da salvação em Jesus (João 3.16; Romanos 5.8). Nossa resposta é consagrar nossa vida a Ele como uma forma de amor, adoração e gratidão pelo que Ele fez por nós (Romanos 121-2). O antinomianismo é antibíblico por aplicar de forma errada o significado do favor gracioso de Deus.
A segunda razão por que o antinomianismo é antibíblico é que existe uma lei moral que Deus espera que obedeçamos. Primeiro João 5:3 nos diz: "Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos." O que é essa lei que Deus espera que obedeçamos? É a lei de Cristo - "Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mateus 22:37-40). Não, não estamos sob a Lei do Antigo Testamento. Sim, estamos sob a lei de Cristo. A lei de Cristo não é uma extensa lista de códigos legais. É uma lei de amor. Se amarmos a Deus com todo nosso coração, alma, mente e força, não faremos nada que o desagrade. Se amarmos o nosso próximo como a nós mesmos, não faremos nada para prejudicá-los. A obediência à lei de Cristo não é um requisito para ganhar ou manter a salvação. A lei de Cristo é o que Deus espera de um cristão.
O antinomismo é contrário a tudo o que a Bíblia ensina. Deus espera que vivamos uma vida de moralidade, amor e integridade. Jesus Cristo nos libertou dos comandos pesados da Lei do Antigo Testamento, mas isso não é uma licença para pecar e sim um pacto de graça. Devemos lutar para vencer o pecado e cultivar a justiça, dependendo do Espírito Santo para nos ajudar. O fato de que somos graciosamente livres das exigências da Lei do Antigo Testamento deve resultar em nós vivendo em obediência à lei de Cristo. Primeiro João 2:3-6 declara: "E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou."
[2] Destruir as bases de; encobrir(-se), ocultar(-se).

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

BUSCANDO O QUE REALMENTE IMPORTA



COLOSSENSES 3.1
O fato é! O que realmente importa? Onde anda nossos interesses, por quais caminhos percorrem nossos pensamentos. Hodiernamente somos atropelados por uma serie de dificuldades e problemas que cada dia faz com que mudemos de direção, e são tantos os embaraços que a cada segundo desvirtuamos nossos pensamentos, a fim de que nossos interesses sejam alcançados.
            A bíblia nos ensina que não temos interesses a partir do momento que a morte de Cristo nasce em nós – “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”( Gálatas 2.20). Aqui Paulo mortifica seu desejo, o aniquilamento de seus impulsos da carne tem como finalidade sua “morte” a fim de que estabeleça um laço com a nova vida em Cristo.
            Paulo inicia esse capítulo com uma preposição, portanto, esta palavra faz a ligação com a ideia central deste versículo, a ressurreição, isto é, o novo nascimento. Em Romanos, somos comparados a uma semente que foi plantada com Cristo – “Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;” (Romanos 6.5). E sabemos que para uma semente germinar, faz-se necessário a sua própria morte, isto é, a semente morre e ressuscitar uma bela árvore frutífera. Pensando assim, vamos analisar alguns aspectos importantes da ressurreição:
1. ORIGEM - do Latim RESURRECTIO, “ressurreição”, que veio de RESURGERE, “erguer-se de novo”, de RE-, “outra vez”, mais SURGERE, “levantar-se, erguer-se”. Fica a ideia de levantar-se novamente, pois em algum momento caiu, contudo, levantou-se para começar mais uma vez. Do grego sunegerio (sunhgerio), de levantar-se, ergue-se, nascer novamente com aquele que foi o primeiro. Todas as definições nos dão capacidade de compreender que ressurreição é um novo inicio e somente com Aquele que experimentou primeiro, Xristw. Assim sendo, é preciosos entendermos que seria impossível Cristo não ressuscitar:
1.1.  Era impossível pelo fato dEle ser o filho de Deus, participante da divindade, mesmo em sua humanidade foi lhe ortogado  a verdadeira imortalidade por parte do Deus Pai , que é imortal, logo, Seu filho também o é. Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. (João 5.26). Outro texto importante é – “Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa”. (João 6.57).
Neste ponto aplicamos a mesma, lógica, se estamos com Cristo que ressuscitou dentre os mortos, consequentemente também ressuscitaremos com Ele, pois Ele é o Pai são um e nos somos um com Ele.
1.2.  Outro fato que prova que ressuscitaria é sua obra na terra, onde Ele mesmo falou que Era a Vida, logo, a morte não se apoderaria dEle. Em João 11.25 Ele vai dizer que é a ressurreição e a vida.
1.3.  Era vontade do Pai ergue-lo novamente. O profeta Isaias no capítulo 53.10 ira nos falar que foi a vontade do Pai esmaga-lo, isto é, leva ló a morte a fim de que sua ressurreição trouxesse salvação.  “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram. Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem”. (1 Coríntios 15.20.21).
1.4.  Igualmente, isso era impossível por nossa causa, porque a promessa que nos foi feita por Deus é que Cristo é a nossa garantia de vida Eterna – “E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho”. (1 João 5.11)
1.5.  Finamente, era impossível que Cristo ficasse retido pela morte, porque todas as profecias do AT, no que tange sua missão fosse um sucesso.
1.5.1. Seu ministério na Galiléia (Profecia: Is 9.1-2. Cumprimento: Mt 4.12-16)
1.5.2. Como profeta (Profecia: Dt 18.15. Cumprimento: Jo 6.14; 1.45; At 3.19-26).
1.5.3. Seria sacerdote, como Melquisedeque (Profecia: Sl 110.4. Cumprimento: Hb 6.20).
1.5.4. O desprezo por parte dos Judeus (Profecia: Is 53.3. Cumprimento: Jo 1.11).
1.5.5. Algumas de suas características (Profecia: Is 11.2. Cumprimento: Lc 2.52; 4.18).
1.5.6. Sua entrada triunfal (Profecia: Zc 9.9; Is 62.11. Cumprimento: Jo 12.13-14).
Partindo dessas afirmações, concluímos que a ressurreição aconteceu com Cristo e como Paulo mesmo disse, acontecerá conosco. Vamos então aprender com a ressurreição.
      I. RESSURREIÇÃO MUDA NOSSO CARÁTER
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus”. (Colossenses 3.1)
A partir da ressurreição somos novas Criaturas, experimentamos a Graça de Cristo em nossos corações. Percamos a síndrome de Gabriela (eu nasci assim, vou morrer assim), Se Cristo através de seu sacrifício ressuscitou, e assim, mudou nosso caráter comecemos um passo de cada vez não pule do trem em movimento e nem tente tomar o ônibus correndo pela porta. Espere e comece bem devagar, sinta o Espírito santo te mudando a cada dia, usufrua dessa alegria de sentir seu crescimento moral.
Um cristão que não muda é um crente parada na frente do sinal verde berrando: “Eu sou assim mesmo”
ü “E ninguém põe vinho novo em vasilhas de couro velhas; se o fizer, o vinho novo rebentará as vasilhas, se derramará, e as vasilhas se estragarão”. (Lucas 5.37).
ü “Livrem-se de todos os males que vocês cometeram, e busquem um coração novo e um espírito novo. Por que deveriam morrer, ó nação de Israel?” (Ezequiel 18.31).
         II. RESSURREIÇÃO MUDA NOSSO FOCO
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus”. (Colossenses 3.1)
“Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram”. (Jó 42.5) Jó mudou sua maneira de enxergara Deus, seus olhos tinham-se descamado. O conhecer de Deus ultrapassou o ouvir fala, neste momento ele via-O, tinha clareza no que falava. A ressurreição nos ensina a ver melhor. Quando sua perspectiva está em Deus, seu foco está naquele que vence qualquer tempestade que a vida pode trazer.
            É importante também entendermos que o foco nos ensina a dizer não, pois melhorando a visão começa a perceber que há coisas que na verdade nos fazem mais mal do que bem!
ü  Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão. (Mateus 7.5)
 I                                                    II. A RESSURREIÇÃO NOS DÁ FORTALEZA
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus”. (Colossenses 3.1)
“Do Senhor vem à salvação dos justos; ele é a sua fortaleza na hora da adversidade”. (Salmos 37.39) Mesmo em fronte de vários problemas a certeza de Vida Eterna, nos fortalece e nos remete a sempre buscar mais mesmo sabendo de nosso pequenino tamanho.
ü  “Pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas”. (1 Pedro 1.9)

                                                               IV. A RESSURREIÇÃO NOS TRAZ AMOR
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus”. (Colossenses 3.1)
ü  “Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele”. (1 João 4.16)
ü  “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (1 João 4.7)
ü  “Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios”. (Romanos 12.10)

 V. A RESSURREIÇÃO NOS AFASTA DO INFERNO
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus”. (Colossenses 3.1)
ü  “Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo”. (Provérbios 15.24).
ü  “Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades." (Apocalipse 1.18).
Cristo disse que é a ressurreição e a vida o que te impede de buscar o que realmente importa!


A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...