terça-feira, 12 de maio de 2015

I CORÍNTIOS 1.9 (ACR) - Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor.


"πιστὸς ὁ θεός, διʼ οὑ ἐκλήθητε εἰς κοινωνίαν τοῦ υἱοῦ αὐτοῦ Ἰησοῦ Χριστοῦ τοῦ κυρίου ἡμῶν." (1 Coríntios 1.9)

No Antigo Testamento, a expressão o dia do Senhor refere-se ao dia de juízo (Jl 3.14; Am 5.18-20). No Novo Testamento, o termo alude ao retorno de Cristo (por ex., Fp 1.6, 10; 2.16; 1Ts 5.2). O retorno de Cristo inclui um julgamento em que tanto Deus como Cristo servirão como juiz (ver Rm 14.10; 2Co 5.10). Nesse dia, os fiéis serão declarados irrepreensíveis “pelo veredicto do juiz”.
9. Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho, Jesus Cristo nosso Senhor.
a.      “Fiel é Deus.” Na hipótese de alguém duvidar da veracidade dos versículos precedentes, Paulo afirma incondicionalmente que Deus é fidedigno no cumprimento de suas promessas. Para enfatizar o conceito fiel, Paulo inicia a sentença com essa palavra, “fiel é Deus”, que resolutamente sustenta o seu povo até o fim (v.8). O eco dessa verdade ressoa do começo ao fim das Escrituras[1]. Podemos confiar inteiramente em Deus.
b.      “Pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho.” Deus, o Pai, elabora seu plano de salvação por meio de seu Filho, Jesus Cristo; o Pai começa e o Filho executa esse plano (comparar com 8.6). Mas é eficaz para todos os chamado de Deus? Dificilmente. “Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”, disse Jesus (Mt 22.14). Somente os que foram chamados à comunhão do Filho têm experiência da paciente fidelidade do Pai. O chamado é sempre associado a Jesus Cristo, como no caso do apostolado de Paulo (v. 1) e o chamado dos coríntios à santidade (v. 2).
O chamado é real quando o crente tem verdadeira comunhão com Cristo. Essa comunhão, contudo, requer uma vida de santidade na qual um cristão conforma-se em corpo e alma à semelhança do Filho de Deus (ver Rm 8.29). Como Charles Hodge o descreve: “Comunhão compreende união e participação”. Comunhão como união e participação compreende igualmente a participação no sofrimento e na glória de Cristo e o pertencer ao corpo de Cristo. Significa aceitar o sacramento da santa comunhão: lembrar que Cristo morreu por nós (10.16). Quando o crente é completamente transformado no âmago de seu ser, tem genuína comunhão com Cristo. A proclamação do evangelho, aceita com fé verdadeira, diz João, conduz à comunhão com o Pai e o Filho (1Jo 1.3).
c.       “Seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor.” Paulo agradece o fato de que Deus, o Pai, chama o crente à comunhão e que o crente tem comunhão com o Filho, que é Jesus Cristo, nosso Senhor. Paulo termina sua ação de graças com uma compilação de nomes e ofícios divinos. O Filho, eternamente gerado pelo Pai (Sl 2.7), assumiu a carne humana e recebeu o nome de Jesus. O nome do Antigo Testamento, Joshua, no Novo, tornou-se Jesus, com a explicação de que “ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Enquanto o prenome do Filho é Jesus, seu título é Cristo, que significa o Ungido ou o Messias. O nome aponta para seu ofício de profeta, sacerdote e rei. E, por fim, quando Paulo chama Jesus Cristo de “nosso Senhor”, ele alude à exaltação deste: “o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1Tm 6.15).




[1] Deuteronômio 7.9; Isaías 49.7; 1 Coríntios 10.13; 1 Tessalonicenses 5.24; 2 Tessalonicenses 3.3; 2 Timóteo 2.13; Hebreus 10.23; 11.11.

A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...