terça-feira, 17 de novembro de 2015

BATALHANDO PELA FÉ


BATALHANDO PELA FÉ
JUDAS 1-25
O autor se identifica como... Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, (Judas 1a). Judas era um nome comum no primeiro século, e dentro do NT há seis homens mencionados por este nome.
Judas Iscariotes, um dos doze“e Judas Iscariotes, que o traiu”. (Marcos 3.19).
Judas, filho de Tiago“Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor”. (Lucas 6.16);Disse então Judas (não o Iscariotes): Senhor, mas por que te revelarás a nós e não ao mundo”? (João 14.22), que é um dos doze, chamado Tadeu – “André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote,” (Marcos 3.18);
Judas, um irmão de Jesus“Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? E ficavam escandalizados por causa dele.” (Marcos 6.3).
Judas da Galiléia“Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que liderou um grupo em rebelião. Ele também foi morto, e todos os seus seguidores foram dispersos.” (Atos 5.37);
Judas de Damasco“O Senhor lhe disse: Vá à casa de Judas, na rua chamada Direita, e pergunte por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está orando;” (Atos 9.11).
Judas Barsabás“Então os apóstolos e os presbíteros, com toda a igreja, decidiram escolher alguns dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, dois líderes entre os irmãos.” (Atos 15.22).
Na introdução, Judas se identifica como irmão de um Tiago que não precisa de mais nenhuma apresentação. Na igreja primitiva, e especialmente após a morte de Tiago, filho de Zebedeu (44 d.C), somente um Tiago poderia ser referido dessa maneira absoluta – “Não vi nenhum dos outros apóstolos, a não ser Tiago, irmão do Senhor. (Gálatas 1.19).
PROBLEMA DA IGREJA – Agnosticismo - Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.
A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11.6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4.24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1.20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19.1-4), percebida na natureza (Romanos 1.18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3.11).
O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.
            Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocarmos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateu-agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?
            É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com frequência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11.33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”.
           I. BATALHAR PELA FÉ É UM DEVER
Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos. Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor (Judas 1.3-4)
            É imprescindível entendermos o verbo dever, pois o mesmo em sua construção frasal liga duas ações, isto é, quem deve, deve algo a alguém. Logo, Judas deixa claro que não irá falar de salvação, mesmo que, este assunto o agradasse tanto, contudo, preferir falar de nosso dever, batalhar pela fé.
            Parece-me que Judas, não estava falando para não crentes, mas para Cristão. È como se ele dissesse: Vocês são salvos, porém vêm dias onde sua fé no nosso salvador será colocada a prova, será precioso um embate espiritual – “pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” (Efésios 6.12).
O motivo da carta foi à penetração de pessoas ímpias na comunhão da igreja. Esses heréticos estão sujeitos a quatro acusações: entraram secretamente; já estavam destinados à condenação; são ímpios, isto é, irreverentes; e negam a Cristo como Mestre e Senhor. Negar é positivamente descrer do que Cristo testemunhou a Seu respeito. O antinomianismo[1] gnóstico implicava em dissimulação (lascívia), palavra que traz em si a ideia de devassidão sexual.
Assim, vivemos um antinomianismo pos-moderno!
                               II. BATALHAR PELA FÉ É SER CRISTÃO
a. “Embora vocês já tenham conhecimento de tudo isso, quero lembrar-lhes que o Senhor libertou um povo do Egito, mas, posteriormente, destruiu os que não creram.” (Judas 1.5). O argumento de Judas é que a profissão de fé de um homem não o coloca em posição de justo diante de Deus. A possibilidade de escorregar está ilustrada pelo exemplo dos israelitas incrédulos que foram salvos do Egito, mas subsequentemente destruídos. Portanto, precisamos ser e não achar que somos!
b. “E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade, mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia.” (Judas 1.6). Não troque sua morada!
c. “De modo semelhante a estes, Sodoma e Gomorra e as cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais antinaturais. Estando sob o castigo do fogo eterno, elas servem de exemplo.” (Judas 1.7). Finalmente, Judas cita a história de Sodoma e Gomorra para reforçar sua imagem. Essas cidades, através das Escrituras, são simbólicas do juízo divino executado pelo fogo. Assim o seu destino foi uma figura do destino dos crentes professos que não perseveram na justiça.
d. “Da mesma forma, estes sonhadores contaminam seus próprios corpos, rejeitam as autoridades e difamam os seres celestiais.” (Judas 1.8). Está ligado ao Versículo.
e. “Contudo, nem mesmo o arcanjo Miguel, quando estava disputando com o diabo acerca do corpo de Moisés, ousou fazer acusação injuriosa contra ele, mas disse: O Senhor o repreenda! (Judas 1.9)”. A moral que Judas aponta é que Miguel mostrou reservas até mesmo em seu relacionamento com o diabo, enquanto os falsos mestres não exibiam reverência por qualquer autoridade.
f. “Todavia, esses tais difamam tudo o que não entendem; e as coisas que entendem por instinto, como animais irracionais, nessas mesmas coisas se corrompem.” (Judas 1.10). Com ironia Judas destrói a afirmação gnóstica de superioridade espiritual professada por eles, dizendo que eles possuem somente instintos de animais irracionais. O conhecimento adquirido exclusivamente através dos sentidos naturais, e a dependência no mesmo, conduz sem dúvida alguma à destruição.
g. “Ai deles! Pois seguiram o caminho de Caim, buscando o lucro, caíram no erro de Balaão e foram destruídos na rebelião de Corá.” (Judas 1.11). Judas pronuncia um ai! Empregando novamente uma tríade de exemplos históricos – Caim, Balaão e Coré. Caim é tipo de injustiça, Balaão do espírito da mentira e cobiça (Número 22-24) e Coré, da rebelião dos descontentes contra autoridades devidamente constituídas (Número 16). Esses tipos de pecados solapam [2]a saúde espiritual de toda a igreja e destroem aqueles que os praticam.
h. “Esses homens são rochas submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, comendo com vocês de maneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si mesmos. São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz.” (Judas 1.12). Festas de fraternidade eram refeições feitas em conexão com os cultos de adoração ou a Eucaristia, e sua, intenção era aumentar a comunhão cristã dos crentes, fortalecendo seu senso de união com Cristo. Ao que parece os heréticos gnósticos corromperam tais festas em orgias vorazes, pervertendo assim seu propósito. Eles se alimentavam sem se preocupar com o bem-estar espiritual da Igreja. Nuvens sem água descrevem especialmente esses homens; não tinham preocupação espiritual, e eram carregados pelo vento como se não tivessem peso. O outono é a estação dos frutos. Mas os falsos mestres não produzem fruto, e tais árvores, estando duplamente mortas, estão destinadas à destruição.
i. “São ondas bravias do mar, espumando seus próprios atos vergonhosos; estrelas errantes, para as quais estão reservadas para sempre as mais densas trevas.” (Judas 1.13). As vidas dos ímpios são como as inquietas ondas bravias do mar, as quais sujam de detritos as praias. Tais vidas, além de produzirem condenação futura, são também motivo presente de vergonha e ignomínia. Por último, Judas descreve os heréticos como estrelas errantes.
j. “Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: "Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos, para julgar a todos e convencer a todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram impiamente e acerca de todas as palavras insolentes que os pecadores ímpios falaram contra ele". Essas pessoas vivem se queixando e são descontentes com a sua sorte, seguem os seus próprios desejos impuros; são cheias de si e adulam os outros por interesse.” (Judas 1.14-16). Depois de afirmar o destino dos falsos mestres, Judas descreve o caráter deles de três maneiras:
                                                   i. São RESMUNGADORES, isto é, lamurientos furtivos;
                                                 ii. São DESCONTENTES, cujo único guia é a sua paixão;
                                               iii. E são dados à EXIBIÇÃO BARULHENTA, tendo em vista o seu próprio lucro.

                      III. BATALHAR PELA FÉ TORNA-NOS FORTES
a.       “Todavia, amados, lembrem-se do que foi predito pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles diziam a vocês: Nos últimos tempos haverá zombadores que seguirão os seus próprios desejos ímpios. Estes são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua própria alma e não têm o Espírito.” (Judas 1.17-19). Judas continua sua acusação contra os falsos mestres, enquadrando-os em dois grupos: são divisivos e sem o Espírito de Deus. O verbo grego, promovem divisões, sugere um estabelecimento de linhas demarcatórias que dão lugar a um espírito faccioso. Além disso, revela um senso de superioridade da parte destes falsos mestres. Com sutil ironia Judas acusa os gnósticos, que se consideravam espirituais, de não ter o Espírito. Ele afirma que a espiritualidade é uma qualidade de vida produzida pelo Espírito de Deus, e não pelo exercício religioso só conhecido pelos poucos iniciados.
b.       “Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo.” (Judas 1.20). Mais uma vez um desafio direto é feito aos leitores. A pureza de vida começa com a sã doutrina, isto é, a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (v.3). A chave para o significado de edificando-vos se acha na frase seguinte, orando no Espírito Santo. A forte implicação é que os homens verdadeiramente espirituais não são justos aos seus próprios olhos nem desprezam os outros (v.19), mas aqueles que oram no Espírito Santo.
c.       “Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna.” (Judas 1.21). "Guarde-se do perigo do mal, permitindo Deus demonstrar o Seu amor para você no futuro também". O meio ambiente atual do cristão é o AMOR DE DEUS e a EXPECTATIVA FUTURA é a garantia de vida eterna com Cristo Jesus.
d.      “Tenham compaixão daqueles que duvidam;” (Judas 1.22). Assim, nesta passagem, Judas insiste com os cristãos a atender às dúvidas intelectuais e morais dos afetados pelos falsos mestres. O fim em vista não é a expulsão e condenação dos duvidosos, mas sua restauração à comunhão.
e.       “a outros, salvem-nos, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne.” (Judas 1.23). A atitude do cristão deve ser de misericórdia para com o pecado, acoplada com ódio pelos pecados dele.

        IV. BATALHAR PELA FÉ NOS LEVA A VITÓTIA.
“Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria,ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém.” (Judas 1.24,25)
Uma das maiores e mais sublimes bênçãos do N.T é esta que se encontra no final desta curta epístola. Duas outras bênçãos paulinas comparáveis são a de Romanos 16.25 – “Ora, àquele que tem poder para confirmá-los pelo meu evangelho e pela proclamação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério oculto nos tempos passados,” e I Timóteo 6.14-16 – “Guarde este mandamento imaculado, irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém”.
                Vital a todas as exortações feitas aos crentes é o lembrete dos recursos infinitos do próprio Deus, único que tem competência para nos guardar de tropeçarmos nesta vida e atraí-los a Ele próprio no último dia. Ele aperfeiçoará a obra da santificação para que os crentes sejam irrepreensíveis, ou imaculados. Esta palavra faz lembrar a descrição dos animais sacrificados no V.T Judas 25 ensina-nos duas coisas, a SINGULARIDADE DE DEUS e a IGUALDADE DE JESUS CRISTO COM DEUS PAI. Assim ele milita contra a ideia de que a divindade de Cristo foi uma invenção da igreja pós-apostólica. Deus é chamado sete vezes de Salvador no N.T Aqui o Seu poder salvador está comprovado na Pessoa do Seu Filho, o qual a Igreja reconhece como "Senhor", isto é, Deus. A última atribuição de glória, majestade, domínio e autoridade é o testemunho de Judas do benevolente caráter de Deus, o qual operou a nossa salvação por meio de Cristo.



[1] A palavra antinomianismo vem de duas palavras gregas, (a0nti/) anti, que significa "contra", e (no/moj) nomos, que significa "lei". Sendo assim, antinomianismo significa “contra a lei.” Teologicamente, o antinomianismo é a crença de que não há leis morais que Deus espera que os cristãos obedeçam. O antinomianismo leva um ensinamento bíblico a uma conclusão antibíblica. O ensinamento bíblico é o de que os cristãos não são obrigados a observarem a lei do Antigo Testamento como um meio de salvação. Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele cumpriu a Lei do Antigo Testamento (Romanos 10:4, Gálatas 3.23-25, Efésios 2:15). A conclusão antibíblica é a de que não há nenhuma lei moral que Deus espera que os cristãos obedeçam.
O apóstolo Paulo tratou da questão do antinomianismo em Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?" O ataque mais frequente sobre a doutrina da salvação pela graça é que ela encoraja o pecado. As pessoas podem se perguntar: "Se sou salvo pela graça e todos os meus pecados são perdoados, por que não pecar o quanto quiser?" Esse pensamento não é o resultado de uma verdadeira conversão porque a verdadeira conversão produz um maior, não menor, desejo de obedecer. O desejo de Deus – e o nosso desejo quando somos regenerados por Seu Espírito - é que nos esforcemos a não pecar. Como gratidão por Sua graça e perdão, queremos agradá-Lo. Deus nos deu o Seu dom infinitamente misericordioso através da salvação em Jesus (João 3.16; Romanos 5.8). Nossa resposta é consagrar nossa vida a Ele como uma forma de amor, adoração e gratidão pelo que Ele fez por nós (Romanos 121-2). O antinomianismo é antibíblico por aplicar de forma errada o significado do favor gracioso de Deus.
A segunda razão por que o antinomianismo é antibíblico é que existe uma lei moral que Deus espera que obedeçamos. Primeiro João 5:3 nos diz: "Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos." O que é essa lei que Deus espera que obedeçamos? É a lei de Cristo - "Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (Mateus 22:37-40). Não, não estamos sob a Lei do Antigo Testamento. Sim, estamos sob a lei de Cristo. A lei de Cristo não é uma extensa lista de códigos legais. É uma lei de amor. Se amarmos a Deus com todo nosso coração, alma, mente e força, não faremos nada que o desagrade. Se amarmos o nosso próximo como a nós mesmos, não faremos nada para prejudicá-los. A obediência à lei de Cristo não é um requisito para ganhar ou manter a salvação. A lei de Cristo é o que Deus espera de um cristão.
O antinomismo é contrário a tudo o que a Bíblia ensina. Deus espera que vivamos uma vida de moralidade, amor e integridade. Jesus Cristo nos libertou dos comandos pesados da Lei do Antigo Testamento, mas isso não é uma licença para pecar e sim um pacto de graça. Devemos lutar para vencer o pecado e cultivar a justiça, dependendo do Espírito Santo para nos ajudar. O fato de que somos graciosamente livres das exigências da Lei do Antigo Testamento deve resultar em nós vivendo em obediência à lei de Cristo. Primeiro João 2:3-6 declara: "E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou."
[2] Destruir as bases de; encobrir(-se), ocultar(-se).

A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...