sábado, 18 de janeiro de 2014

POR QUE O AMOR DE DEUS NOS CONSTRANGE?


LUCAS 23.39-43
Fernando pessoa recitou:Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”
     Amar hoje ficou tão banal, superficial e muitos dizem que ficou antiquado. Amar é sentir-se parte de algo intenso e sincero. Muitos não querem experimentar este incrível sentimento que dilata as artérias e traz sorriso aos lábios. Penso que amar também traz um pouco de trabalho. Bem! Amar é mais trabalho do que qualquer outra coisa, é aniquilar-se para que o recebedor de seu amor revigore-se, anime-se e alegre-se com sua expressão real de amor.
     E neste tempo amar é quase impossível, pois pedir para que alguém se diminua para que o outro cresça é impensável e inaplicável. Amamos aquilo que possuímos, mas temos dificuldades de amar o próximo.
     Outrora um jovem disse-me: como irei amá-lo, eu não sei se ele irá retribuir meu afeto. Aí está explicada a teologia da prosperidade! Eu só amo se tiver a certeza do retorno garantido, o mundo pensa assim! Na verdade a sociedade acha que amar é fazer sexo, é ir ao cinema, é comprar um ursinho de pelúcia no dia dos namorados e nem levar para jantar em um restaurante super caro. Amor real e sincero é quando juntos comemos um quilo de sal e juntos rimos.
     Em nossas igrejas não é diferente, nos vestimos com vestes de santidade absoluta e só amamos dentro do templo, ou pior, só amamos os crentes, descumprimos o mandamento de Jesus - "e que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios." (Marcos 12.33).
     O nosso amor, muitas vezes é um amor de mãos limpas, isto é, amamos os bonitinhos, os limpinhos, os de boa família, os de carro, os que moram bem etc.. Amar mendigo, levar conforto aos da rua, levar paz aos de HIV+, amar os idosos, amar os rejeitados. Este tipo de amor é intenso e real, pois é necessário que você suje as mãos e assim se aniquile, mas assim não queremos.
     Então tentei procurar respostas na bíblia para entender este amor que nos constrange, um amor tão intenso que entregou seu próprio filho a cruz para que todos tivessem a chance de voltar ao seu verdadeiro Pai Celestial.
"E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós." (Lucas 23.39)
As passagens de Mateus 27.44("E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados.") e de Marcos 15.32("O Cristo, o Rei d’Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.") relatam que os dois criminosos estavam zombando de Cristo juntamente com a multidão. Com o passar das horas, porém, a consciência de um dos malfeitores foi atingida e ele se arrependeu.
Aqui o ladrão representa bem um amor interesseiro, pois os dois ouviram de Jesus e perceberam uma oportunidade de escapar do castigo imposto pelos romanos. Também não imitamos o ladrão quando fingimos que amamos com a intenção de receber algum benefício. Pergunto-me, às vezes: ”Será que não tinha ninguém que pudesse demonstrar amor e compaixão por estes ladrões com a finalidade de tirá-los do crime?” Contudo, as coisas mudam, mas as pessoas não mudam com a mesma velocidade, o preconceito corre por toda a história da humanidade e classificamos o ser humano pelo sua cor, beleza, roupas, educação, etc.. Um amor disfarçado de descaso e segregação.
"Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez." (Lucas 23.40-41).
Um homem, uma mulher arrependidos espalham o doce cheiro do amor verdadeiro. O ladrão sentiu-se pecador, sentiu pesado seu fardo e o mesmo afirma algo extraordinário sobre a inocência de Jesus. Homens repletos de iniquidades viram a inocência de Cristo, enquanto os líderes religiosos amantes de si mesmos não viram!
     O ladrão deixa evidente seu desespero e arrependimento. Vem à minha mente a cena do ladrão pregado na cruz e em seus pensamentos corre um filme das coisas que fez e deixou de fazer, pessoas que desapontou, uma mãe e um pai sofrendo, quem sabe um amor que não mais verá.
     Irmãos e amigos, amar é hoje! Não perca o tempo de dizer verdadeiramente a todos o quanto você os ama, não perca a oportunidade de reconhecer suas falhas e arrepender-se de seus erros antes que o fim chegue. Tome a mesma atitude daquele ladrão: "E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino." (Lucas 23.42) O ladrão sou eu! O ladrão é você! Clamando pelo amor de Cristo a todo instante de nossas vidas.
     E o amor de Deus nos constrange por este simples motivo: "E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." (Lucas 23.43).
Deus, Jesus simplesmente amam! Cristo disse para um ladrão que os dois estariam juntos no paraíso. Jesus amou um ladrão, e eu não amo meu vizinho. Sem esta graça nada seria possível é um amor de “tal maneira”, isto é, sem explicação.
Conclusão:
Lembremos que Deus nos amou primeiro, Ele nos conhece quando ainda éramos sem forma. Ele nos amou tanto que nos deu Jesus que nos ensinou que amar não está preso a palavras, mas sim a ações, feitos que mudem a vida do outro. Quando me entrego aos braços de Jesus minhas transgressões são aniquiladas eu viro filho de Deus, logo o amor de Jesus é derramado sobre minha vida, e amar é uma constante em minha vida, a representação total da mudança de uma criatura monstruosa em uma revestida do sangue do cordeiro, o mesmo que é alvo mais que a neve.

Uma vez que Deus pagou o infinito preço de Seu Filho por você, não é certo que Ele cuidará em prover tudo o que você precisa?”

A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...