segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

ANSIEDADE ATRAVÉS DA TECNOLOGIA


1.      A ANSIEDADE INDUZIDA PELA TECNOLOGIA PODE SINALIZAR UM PROBLEMA MAIS PROFUNDO.
É natural ficarmos preocupados com as notícias sobre terrorismo, resultados eleitorais ou estatísticas sobre o mal generalizado. Mas muitas vezes a raiz da nossa ansiedade reside numa desconfiança de Deus e de Seu caráter.
Em passagens como Deuteronômio 10.14, Salmo 103.19 e Colossenses 1.17, lembramos que nosso Rei não é surpreendido pelos eventos mundiais. Ele é o começo e o fim, então, quando descansamos em Sua bondade soberana sobre todas as coisas, a ansiedade começa a evaporar como a névoa no ar.

2.      PODEMOS SER TENTADOS A ACREDITAR QUE DEUS ESTÁ NOS REJEITANDO.
Ver o glamour constante da vida dos outros no Facebook ou no Pinterest pode gerar inveja e ansiedade. Ao vermos tantas postagens felizes, podemos começar a assumir que Deus abençoa os outros e nos negligencia. Podemos desenvolver sutilmente uma mentalidade de “se ao menos” (se ao menos eu tivesse aquilo, ficaria feliz), e isso é tóxico, pois fixa nosso coração nas dádivas, e não no Doador.
Em última instância, não estamos em busca das bênçãos de Deus. Ao contrário, estamos em busca de reconciliação com Deus, por meio do sangue de Jesus Cristo. Essa reconciliação resulta em benefícios infinitos, sendo o principal deles, a satisfação do próprio Deus. Ele é a nossa paz. Ele é a nossa riqueza. Nossa mais profunda necessidade é querer a Deus mais do que querer as coisas. Internalizar isso nos ajuda a rejeitar a sedução de seguir o ritmo da comparação com os outros sempre que navegamos na internet.

3.      O USO DE TECNOLOGIA ABUNDANTE PODE NOS DEIXAR COM O MEDO DE FICAR POR FORA, TAMBÉM CONHECIDO COMO FOMO (TERMO EM INGLÊS PARA “FEAR OF MISSING OUT”).
Embora o acrônimo possa nos induzir à exasperação, isso é um problema real. Nossos smartphones estão sempre mostrando imagens com alguma diversão que todos os outros estão tendo… sem nós. Mas, como outras formas de medo ou ansiedade, o medo de ficar por fora é externalizado porque não cremos que Deus é bom e suficiente. Se olharmos para Ele em toda Sua força e amor, nossa ansiedade começará a dissipar-se, porque sabemos que Ele quer o que é melhor para nós, e garantiu isso a um custo infinito para Si mesmo. Nossa segurança e valor estão ancorados na avaliação que Deus faz de nós, de que Ele nos amou o suficiente para sacrificar Seu único Filho, para que, em troca, pudéssemos desfrutar dEle (Romanos 8.32; 1 João 4.9).
Portanto, se nossos smartphones mostrarem que os outros estão se esquecendo de nós, nos negligenciando ou até nos rejeitando, não importa, porque o amor de Deus é sem igual. À medida em que nos vemos à luz do sacrifício de Cristo, o medo de ficar por fora perde seu controle sobre nossos corações. Quando caminhamos com Deus e permanecemos sensíveis à liderança do Espírito, não tem essa de “ficar de fora”. Como é possível perder algo, que é melhor, quando um Rei bom e soberano está endireitando as nossas veredas (Provérbios 3.6)?

QUANDO O CELULAR APITA
Deus nos chama a sermos responsáveis e cheios de integridade com o que Ele nos deu (por exemplo, Mateus 24.14-30; Lucas 16.10; 1 Coríntias 4.1-2; Colossenses 3.23; Tito 2.7). Devemos ser irrepreensíveis quando se trata de tecnologia, e não permitir que ela guie nossas vidas ou nos afogue em ansiedade.
Confiar no Pai celestial separa os seguidores de Cristo do restante de uma cultura embebida em tecnologia, que vive inquieta toda vez que seu celular apita. A ansiedade sempre vai incentivar nossos corações a buscar soluções rápidas longe de Deus, mas a verdadeira paz vem de confiarmos na própria fonte da vida. Ao descansarmos nEle, a ansiedade, aos poucos, vai desaparecendo.

NA TEMPESTADE COM JESUS E JONAS







No Evangelho de Marcos, a história da tempestade no mar aparece logo após Jesus ter pregado uma série de sermões. Ele havia pregado para uma multidão tão grande que teve que falar de um barco ancorado a uma curta distância da margem.
Marcos 4.35–41 relata a história de Jesus acalmando a tempestade — mas, curiosamente, o Senhor estava adormecido quando o caos irrompeu ao seu redor:
“Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança”. (Mc 4.37-39).
Por que estava Jesus a dormir no barco?
Há algumas explicações possíveis. Marcos, assim como a maioria dos outros autores bíblicos, não nos dá muitos detalhes — incluindo apenas os elementos necessários à agenda do autor — portanto podemos supor que é um elemento importante para a história. Há três possibilidades.

1. Uma Conexão com Jonas

Talvez Marcos nos tenha dito que Jesus estava dormindo, para conectar a história a Jonas. A história de Jonas (em sua tradução grega), compartilha elementos e linguagem semelhantes à de Marcos 4, o que sugere que Marcos estivesse tentando evocar aquela história. Um destes elementos é a ideia do personagem principal estar dormindo no fundo do barco durante a tempestade, embora a linguagem usada para descrever Jonas seja mais vívida e possivelmente pejorativa.

2. Uma Indicação Sobre a Humanidade de Jesus

Jesus é totalmente humano: trabalhava duro, fazia muitas preleções em público e lidava com muitas pessoas diferentes, todas elas querendo algo dele. Dadas as tensões que os ministros comuns vivenciam em seus trabalhos diários, o Jesus plenamente humano deve ter sofrido de exaustão durante seu ministério terreno.

3. Uma Indicação Sobre a Divindade de Jesus

Embora Jesus seja humano, ele tem plena confiança em sua identidade divina. Como somente a segunda pessoa da Trindade poderia fazer, em meio ao caos, Jesus dormia como um bebê, seguro na percepção de que ele é um com o Criador, e sua hora ainda não havia chegado. Seu dormir indica um insight divino: Jesus sabia que não iria morrer naquela noite.
É claro que todas estas três explicações são possíveis ao mesmo tempo, pois a linguagem humana nas mãos de um autor competente, pode transmitir várias idéias complexas de uma só vez.
POR QUE ESTAS TRÊS OPÇÕES?
Certamente, Jesus a dormir, tem a intuito de nos fazer pensar sobre a história de Jonas (a primeira opção), na qual uma tempestade suspeita acontece e é silenciada por Deus e todas as testemunhas ficam aterrorizadas. Lembre-se de que os marinheiros lançaram sortes perguntando: “por causa de quem nos sobreveio este mal?” A sorte caiu sobre Jonas. Eles relutantemente lançaram o profeta ao mar e imediatamente cessou o mar de sua fúria. A ênfase está em quem é que acalma a tempestade. O SENHOR, Criador dos céus e da terra acalmou a tempestade e os marinheiros sabem que acabaram de testemunhar a mão de Deus e sua completa autoridade sobre as forças da criação. Em Jonas 1.16, “Temeram, pois, estes homens em extremo ao SENHOR”. A tradução grega deste texto enfatiza o grande medo que os marinheiros sentiram ao verem o poder de Deus ser demonstrado. É até mesmo maior do que o medo da tempestade (1.5). É amedrontador saber que o Deus cósmico, que acalma a tempestade, também se importa com a rebelião de um único homem.
Em Marcos, Jesus também está a dormir. Os discípulos o despertam por medo de perder suas vidas (tal como em Jonas, aquele que dorme é despertado com uma pergunta retórica), e o vento e as ondas se aquietaram. Marcos parece estar chamando nossa atenção para o agente que acalmou a tempestade. Em Jonas, o agente foi o SENHOR, mas em Marcos 4 foi Jesus. Jesus está para a tempestade em Marcos 4 como que Deus estava para o vento e as ondas em Jonas 1.
E como que para enfatizar este ponto ainda mais, os discípulos que testemunharam tudo isto são descritos praticamente com a mesma fraseologia usada na tradução grega de Jonas. Ficaram “possuídos de grande temor” (Marcos 4.41). A tempestade havia sido aterrorizante, mas este profeta no barco com o poder de falar a verdade aos elementos se torna um motivo inteiramente novo de medo. A autoridade de Deus inspira este tipo de medo naqueles que a observam em primeira mão.
Mas a segunda opção também é válida. Jesus a dormir no barco é um lembrete de sua humanidade. É uma ideia fascinante que houve momentos regulares em que o Deus-homem, o Senhor do universo, pode ter se deitado e ponderado alguns pensamentos aleatórios antes que o sono chegasse. Como humano, ele podia ficar cansado, até mesmo ao ponto de exaustão. Portanto, ele entra no barco e se deita, tal como um viajante de negócios em um vôo noturno, tentando dormir enquanto pode. Os leitores de Marcos podem prontamente se identificar com a humanidade de Jesus.
terceira opção também é convincente. Somente o fato de que Jesus ficou dormindo, é uma indicação de sua divindade. De que maneira? Jesus não tinha medo do vento ou das ondas ou de qualquer coisa que estes lhe pudessem fazer. O Criador não necessita ficar inquieto diante de uma criação perigosa. Quando Jonas secretamente dormiu no porão, ele fez isto com um espírito de fatalismo e de pavor. Quando Jesus dormiu na popa do barco, ele o fez em confiança. Ele não perdia o sono por causa de padrões climáticos.
Jesus é mais que um mestre; ele é um realizador de milagres. Quando o leitor compreende este ponto, Marcos aumenta a aposta mais ainda.
Jesus é mais que um mestre e mais que um realizador de milagres. Ele tem a autoridade do próprio Criador.

A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...