Pecado é um antigo termo usado no arco e flecha que significa errar
o alvo. Qualquer coisa que não seja o centro fixo é pecado. Assim, o pecado em
nossa vida não apenas significa roubar uma adega, assassinar alguém ou jogar
baralho no domingo. É muito mais do que isso. Na verdade, qualquer coisa fora
do centro daquilo que é o melhor de Deus e de sua vontade perfeita para nossa
vida é pecado. Isso amplia muito a ideia de pecado!
Quando não é confessado, o pecado torna-se um tumor sutil —
enrolando seus tentáculos em volta de cada parte de nosso ser até ficarmos
paralisados. A agonia de seu peso é descrita com precisão na Bíblia pelo rei
Davi:
Enquanto eu mantinha escondido os meus pecados,
O meu corpo definhava de tanto gemer.
Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim;
Minhas forças foram-se esgotando como em tempo de
seca.
Então reconheci diante de ti o meu pecado.
E não encobri as minhas culpas.
Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao
SENHOR,
E tu perdoaste a culpa do meu pecado. (Salmos 32.3-5)
Quando o pecado não é confessado, uma parede levanta-se entre você
e Deus. Mesmo que você deixe de praticá-lo, se esse pecado não foi confessado
diante do Senhor, ele ainda pesará sobre você, arrastando-o de volta para o
passado que você está tentando deixar para trás. Sei disso porque costumava
levar nas costas uma bolsa cheia de falhas tão pesada que eu mal conseguia me
mover. Não percebia como eu ficava curvada espiritualmente debaixo dela.
Quando, por fim, confessei meus pecados, na verdade, senti o peso daquela bolsa
sendo aliviado.
Todos nós que trazemos feridas emocionais profundas do passado já
sofremos de baixa autoestima, medo e culpa. Mentalmente, nós nos martirizamos,
temos a tendência de pensar no pior em se tratando de nossas situações e nos sentimos
responsáveis por tudo o que dá errado. É verdade que podemos ter momentos em
que nos sentimos culpados por coisas que fizemos, mas não precisamos nos
torturar, levando uma vida incessante de culpa. Deus proveu a chave para nos
libertar disso: Jesus Cristo. “Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos
purificar de toda a injustiça”. (I João 1.9)
Muitas vezes, não conseguimos nos ver como responsáveis por certas
ações. Por exemplo, embora não seja sua culpa ser abusado por alguém, sua
reação ao abuso agora é de sua responsabilidade. Você pode se sentir
justificado em sua raiva ou amargura, mas, mesmo assim, deve confessá-la porque
ela frustra o que Deus tem para você. Se não confessar, o peso dessa raiva ou
amargura, no final, irá esmagá-lo.