ROMANOS 12.1-2
É inegável a influência de redes
sociais no cenário global atual, analisando desde comércio, publicidade,
cultura, estilos de vida, liberdade, política e demais outros assuntos, fruto
da globalização, e talvez umas das últimas etapas da globalização a causar
tanto impacto mundialmente. Redes sociais como o Facebook, Twitter e Youtube apesar de oferecerem os seus
serviços “gratuitamente”, são organizações que crescem exponencialmente nas bolsas
de valores, mas como ganham dinheiro?
INFORMAÇÃO é o
termo chave que define a rentabilidade de organizações desse setor, nossas
informações, nossos dados estão a todo momento sendo analisados. Essas
informações são filtradas, analisadas e catalogadas para nos proporcionar um
serviço compatível com o gosto pessoal de cada um, isso auxilia as redes
sociais a selecionar propagandas compatíveis com nossos interesses, amigos,
grupo e etc. Esse é o preço que pagamos pelos serviços “gratuitos”. Nossos dados
são utilizados para nos fazer sentir bem em um ambiente amigável, por exemplo,
o Facebook nunca mostrará um anúncio sobre o VASCO se você torcer para o FLAMENGO.
Se você acha, avaliando pelo seu
círculo social, que você detém de opiniões, gostos, aparências, culturas e
estilos de vida parecidos com a maioria dos seus “amigos”, das redes sociais, e
que talvez essa opinião seja a predominante em um largo cenário geopolítico,
você está em uma bolha social.
Uma bolha social é o resultado da
catalogação de suas informações, e interfere principalmente em opiniões
pessoais, como acompanhamos através de movimentos políticos como o MBL
(Movimento Brasil Livre) e o Jovens de Esquerda, movimentos culturais como Rock
Wins e o Funk Wins, movimentos ideológicos, como as páginas Orgulho de ser
hétero, Moça, não sou obrigada a ser feminista, Feminismo sem Demagogia e
Cartazes e Tirinhas LGBT, dentre milhares outras, causam uma segmentação de
público, inclusive em escala mundial. A bolha coloca o usuário em um ambiente
perfeito para ele, sem os perigosos conteúdos que possam chocar a sua realidade
e contradizer suas opiniões.
Vemos em território nacional, duas
grandes categorias de bolhas que se chocam, a bolha política e a bolha
ideológica (onde incluem-se as bolhas religiosas também).
A bolha política, na opinião do
autor, é o maior exemplo de um estrago que uma rede social pode causar, isso
mostra a força dessa ferramenta, pois foi capaz de segmentar, precisamente, os
movimentos políticos em território nacional, como os usuários favoráveis à
Direita Econômica e à Esquerda Econômica, aos Liberalistas e aos
Autoritaristas, em algo que quase virou uma guerra política na época do
Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e que perdura até hoje nessas
questões, com ambos os lados achando “Detentores da razão” e da maioria.
Porém, nota-se também a capacidade de
distorção dessas bolhas, onde insere-se tanta informação, que não se é possível
distinguir a confiabilidade delas, como por exemplo, ainda em cenários
políticos, as definições de Direita, Esquerda, Comunismo e Capitalismo estão
sendo alvo de uma má interpretação por ambos os lados, algo que a página Prints
de Analfabetos Políticos nos mostra muito bem.
Fato que nos leva a negligencia por
falta de informação, ilustrada bem com a seguinte frase de autor anônimo: “se está na internet, então deve ser verdade”,
onde observamos através de páginas como Fatos Desconhecidos a falta de
importância que a autenticidade de uma notícia está sofrendo, onde publicam-se
fatos sem nenhuma referência cientifica ou jornalística. Vivemos em uma
polarização restritiva e dogmática, similar ao que uma religião faz, só que
divertida.
Então, como sair da bolha?
Paulo em sua carta as Romanos
deixa-nos alguns ensinamentos sobre esse assunto. No capítulo doze os
versículos um e dois, o apóstolo, convida-nos a uma nova vida, um novo
entendimento, uma nova maneira de pensar e agir.
Rogo-vos, pois, irmãos, pela
compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Romanos 12.1)
Rogo-vos.
Inicia assim sua fala. Essa palavra grega vem de uma raiz que significa “chamar ao lado para ajudar”. Jesus
empregou uma palavra relacionada, com frequência traduzida por “consolar” em referência ao Espirito
Santo. Paulo está chamando a atenção de seus leitores para uma necessidade
diária de devoção a Deus, através de suas misericórdias, isto é, com auxilio
divido e redentor de nosso Deus.
Que apresentemos o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável
a Deus. A palavra apresentar aqui colocada tem sua raiz no grego de “pôr à Disposição”. Não há mais morte
sacrificial, não há mais sangue aspergido. Para aqueles em Cristo, a única
adoração aceitável é oferecer a si mesmo completamente ao Senhor, Debaixo do
controle de Deus, o corpo ainda não redimido do Cristão.
Assim, ao nos colocar à disposição,
temo um culto racional, da palavra grega “lógica”. À luz de todas as riquezas espirituais
que os cristãos desfrutam exclusivamente como o fruto das misericórdias de
Deus, segue-se logicamente que eles devem a Deus a sua mais elevada forma de
culto.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável, e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2)
Paulo preveniu os irmãos em Cristo, a
serem prudentes no comportamento, pois o mundo foi descartado. Entretanto,
nossa recusa em nos conformar com os valores desse mundo de ir muito além de
comportamento e costumes; devem estar firmados em nossa mente. Deixe Deus
transforma seu entendimento. Somente quando o Espirito Santo renova, reeduca e
redireciona nossa mente somos verdadeiramente transformados.