1 REIS
3.16-27
O texto relata a história de duas
prostitutas, que tinham esta profissão e eram mães. Para entendermos precisamos
estudar a palavra prostituição, que em hebraico significa (hnfzf – zanah) que comete adultério, fornicação,
impropérios sexuais. Em grego significa (porneuo –
porneuo), o mesmo sentido do hebraico. O conceito de prostituta no
dicionário da língua portuguesa é – homem ou mulher que se utilizam de práticas
sexuais para ganhar dinheiro, bens ou favores.
Exercer prostituição nos tempos bíblicos
era muito complicado, pois a prostituta não podia entrar no templo de Deus, não
podia praticar seus sacrifícios como o costume. Estas pessoas viviam em templos
de deuses como Vênus[1], Astorete[2], Baal[3] e outros. Normalmente eram
estrangeiras, e o povo de Israel não se misturava e não podia ter prostitutas
dentro de Israel, visto que era considerado crime de morte - “Se
um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a
adúltera. O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez
de seu pai; ambos serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles. Se um homem se
deitar com a nora, ambos serão mortos; fizeram confusão; o seu sangue cairá
sobre eles. Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher,
ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre
eles." (Levítico 20.10-13).
O
fato é que Salomão as recebeu, e neste momento já percebemos que Salomão era um
rei muito sábio, mas dado a se envolver com estrangeiras, uma vez que não havia
prostitutas em Israel, contudo estas questões de Salomão não vêm ao encontro
desta mensagem. As prostitutas trabalhavam diuturnamente, tinham pouco tempo
para descansar, mas estas duas senhoras tinham ainda menos, pois cuidavam dos
filhos.
O
que está em questão é que uma delas negligenciou o cuidado com o filho
recém-nascido, enquanto dormia rolou sobre a criança e a matou. Muitas mães em
nossos dias têm se descuidado de seus filhos, muitas estão levando os filhos a
morte, e outras os entregando a própria sorte. Alguém podia dizer que ela
estava cansada, por ter passado a noite toda se prostituindo para dar de comer
ao filho, contudo irmãos e amigos não dá a ela o direito de matar o próprio
filho. Quantas mães passam noites sem dormir a beira do berço olhando se o
filho está tendo um sono tranquilo, e quando o filho fica doente? Inúmeras mães
ficam noites e mais noites sem dormir enquanto o filho não melhora, não há sono
que venha.
Nosso
país precisa de mães atentas e corajosas, vivemos em tempo em que o diabo mudou
seu foco, ele está indo para cima de nossos filhos, porque ele descobriu que a
criança é o futuro, destruindo o futuro eu não tenho presente. Por isso mamães
e papais fiquem atentos! Como a mãe que não rodou sobre o filho, creio eu que
ela ficou paradinha a noite toda na mesma posição, acredito que ela até tentou
respirar em silêncio para se quer atrapalhar o sono do seu bebê. Cuidar bem de seu
filho é cuidar do reino de Deus, pois como Jesus disse - “Jesus, porém, disse: Deixai os
pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos
céus." (Mateus 19.14). Amigos e irmãos o diabo sabe disso, ele
conhece muito bem a Bíblia, cuide de seu filho, ame-o, ensine-o a amar para que
ele ame outros, porque só se ensina aquilo que foi ensinado.
Vendo
isso percebo o amor imenso daquela mãe, quando o Rei Salomão pede a espada para
partir a criança em duas partes. Ela preferiu ver o filho com outra pessoa do
que morto, o seu amor por seu filho foi indescritível, um amor que Jesus nos
ensinou - “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu
vos amei." (João 15.12) Jesus nos ama como aquela mamãe amou seu
filhinho, Cristo preferiu morrer a nos ver mortos, optou por carregar meus
pecados na cruz para que eu não os carregasse. Amou-nos de tal maneira, isto é,
sem explicação, sem compreensão.
Neste
dia das mães, todas as mamães esperam ser homenageadas por seus filhos, e é
real e verdadeira esta homenagem, pois todas as mamães merecem, entretanto
creio eu que o maior presente que uma mãe posso receber de seu filho é ouvi-lo
dizer – “mamãe eu me entreguei de corpo e alma para Jesus!”. Que neste dia das
mães, recebamos o maior presente que um filho possa dar, Jesus Cristo, aquele
que sangrou na cruz e nos tirou das trevas do pecado e nos permitiu andarmos em
paz e sem pecado. “Todo aquele que permanece nele não vive
pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 João 3.6)
[1] Vênus é a deusa do panteão romano,
equivalente a Afrodite no panteão grego, cujo nome vem acompanhado, por vezes,
de epítetos como "Citereia" já que, quando do nascimento, teria
passado por Citera, onde era adorada sob este nome. O mito do nascimento conta
que surgiu de dentro de uma concha de madrepérola, tendo sido gerada pelas
espumas (aphros, em grego). Em outra versão, é filha de Júpiter e Dione. Era
considerada esposa de Vulcano, o deus manco, mas mantinha uma relação adúltera
com Marte.
Vênus foi uma das divindades mais veneradas entre os antigos,
sobretudo na cidade de Pafos, onde o templo era admirável. Tinha um olhar vago,
e cultuava-se o zanago dos olhos como ideal da beleza feminina. Possuía um
carro puxado por cisnes.
Vénus possui muitas formas de representação artística, desde a
clássica (greco-romana) até às modernas, passando pela renascentista. É de uma
anatomia divinal, daí ser considerada pelos antigos gregos e romanos como a
deusa do erotismo, da beleza e do amor.
Os romanos consideravam-se descendentes da deusa pelo lado de
Eneias, o fundador mítico da raça romana, que era filho de Vénus com o mortal
Anquises.
Na epopeia Os Lusíadas, Luís de Camões apresenta a deusa como a
principal incentivadora dos heróis portugueses.
[2] Uma deusa dos cananeus, considerada a esposa
de Baal. Astorete é frequentemente representada na forma de figura feminina
desnuda, com órgãos sexuais rudemente exagerados. A adoração desta deusa
achava-se muito difundida entre diversos povos da antiguidade, e o nome
Astorete era comum, em uma forma ou outra. Seu nome grego é Astarte (ou
Astartéia). Entre os filisteus, Astorete evidentemente era encarada como deusa
da guerra, conforme indicado pelo fato de que a armadura do derrotado Rei Saul
foi colocada no templo das imagens de Astorete. (1SAMUEL 31.10) Pelo visto,
porém, Astorete era principalmente uma deusa da fertilidade. A parte mais
destacada da sua adoração consistia em orgias sexuais nos templos ou nos altos
devotados à adoração de Baal, onde homens e mulheres serviam por prostituir-se.
— Veja CANAÃ, CANANEU N.° 2 (Conquista de Canaã por Israel).
A adoração de Astorete existia possivelmente em Canaã já desde o
tempo de Abraão, pois uma das cidades ali era chamada “Asterote-Carnaim”.
(Gênesis 14.5) Também é mencionada na Escritura a cidade de Astarote, morada do
gigante Rei Ogue de Basã. Seu nome indicaria que esta cidade talvez fosse
centro de adoração de Astorete. — Deuteronômio 1.4; Josué 9.10; 12.4.
A forma singular ʽash·tó·reth (Astorete) aparece primeiramente
na Bíblia com referência ao desvio do Rei Salomão, perto do fim de seu reinado.
Naquele tempo, os israelitas começaram a adorar a Astorete dos sidônios. (1REIS
11.5, 33) A única outra ocorrência da forma singular se acha relacionada com a
derrubada, por parte do Rei Josias, dos altos que Salomão construíra para
Astorete e outras deidades. (2REIS 23.13)
[3] Baal, em hebraico, significa ‘senhor’, ‘patrão’
ou ‘marido’. Contudo, na maioria das vezes o vocábulo é usado na Bíblica como
um nome próprio, em referência a uma divindade particular, ou seja, a Adad, o
deus semítico ocidental do vento e da tempestade, o deus mais importante dos
cananeus. Apesar dessa definição, no Antigo Testamento se usa muitas vezes o
termo ‘baalim’, o plural de ‘baal’ (veja 1Reis 18,18). Isso prova que se
distinguiam diversos deuses com o nome de Baal. De fato, em 1Reis 18, no Monte
Carmelo, Baal é identificado provavelmente com o deus Melkart, deus da cidade
de Tiro.
Através da Bíblia não sabemos muito sobre Baal. A única coisa
evidente era que o culto a este deus ameaçava a fé do povo de Deus.