quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?


(Amós 3.3)

A expressão andar junto é comumente usada nas Escrituras como uma representação de comunhão. Enoque andou com Deus: e já não era; pois Deus o tomou para si. Comunhão, em seu sentido completo, implica em atividade.  Não é meramente contemplação, é ação, e, portanto, na medida em que andar é um exercício ativo, e andar com um homem é ter comunhão com Ele, comunhão ativa com Ele, vemos como andar vem a ser a imagem da verdadeira comunhão com Cristo. Um velho puritano, certa vez disse, "Não dizem se Enoque retornou a Deus e depois O deixou, mas Ele ANDOU COM DEUS". Através de toda essa jornada, Ele teve Deus como Companheiro e viveu em perpétua amizade com seu Criador. 
Há, também, outra ideia contida no termo "andar junto". Não é apenas atividade, mas continuidade. Logo, a verdadeira comunhão com Cristo não é um mero espasmo - não é apenas uma emoção num momento de êxtase - mas se é o trabalho do Espírito Santo e se é desfrutada pela alma saudável, será algo contínuo. 
Isso também leva ao progresso, pois, ao andar junto, nós não levantamos nossos pés e os abaixamos no mesmo lugar, mas seguimos adiante cada vez mais próximos do fim da nossa jornada. E aquele que tem verdadeira comunhão com Cristo progride. É verdade que Cristo pode seguir em direção a excelência, pois Ele já atingiu a perfeição, mas quanto mais próximo chegarmos dessa perfeição, mais amizade temos com Jesus e a menos que progridamos, a menos que busquemos ser mais semelhantes à uma criança na fé, mais instruídos em sabedoria e mais aplicados em servir - a menos que busquemos ter mais zelo e fervor, perceberemos que, em tal momento de inércia,  perdemos a Presença do Mestre, pois é somente seguindo ao Senhor que prosseguimos em andar com Ele. Isso, portanto, irá abrir seus olhos para ver como andar com uma pessoa é uma excelente imagem para comunhão com Ele e como o termo, “andar com Deus, é a melhor expressão para a amizade com Deus”.
            Consequentemente, nosso texto implica pela sua própria forma na ideia de que dois não podem andar juntos a menos que concordem. E isso nos ensina, portanto, que a menos que estejamos em concordância com Cristo, não podemos nos ater ao doce estado de comunhão com Ele. 
Nós devemos, antes de qualquer coisa, notar o acordo aqui mencionado. Devemos, em segundo lugar, tentar notar a necessidade desse acordo. E então, em terceiro, devemos convidar todos os Cristãos a buscar esse acordo com Cristo pra que possam ter completa comunhão com Ele.  

Eu não estou me dirigindo tanto ao mundo exterior quanto ao interior da Igreja. Quando pregamos o evangelho da Salvação, o pregamos ao mundo. Mas a comunhão é como o Santo dos Santos! A salvação, por si só, parece ser a sala dos sacerdotes (O Santo Lugar), mas a comunhão é o Lugar Interior, que é onde há o véu, e em que ninguém a não ser os Cristãos tem permissão para entrar.

A PLENITUDE DOS TEMPOS

  Gálatas 4:4 – mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.   Neste texto o apóstolo...