sábado, 9 de março de 2013

O JACARÉ E O MENINO


Quando abandonamos às Igrejas sem perceber estamos abandonando a Deus. Em um dia quente de verão lá no interior do Pantanal Mato-grossense. Um garoto foi nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca ele foi correndo… foi deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Entrou na água e começou a nadar. Ele nadava naquele lago diariamente e nunca se ouviu falar na presença de jacaré naquela área.
Mas naquele dia aconteceu o inesperado! O menino não percebia que enquanto nadava para o meio do rio, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. Sua mãe, que estava em casa, olhava pela janela e observava o filho nadando no lago. De repente, a mãe percebeu que o jacaré estava indo em direção ao seu filho e estava cada vez mais perto. Desesperada, correu para o rio gritando o mais alto possível: “Filho! Volte! O jacaré está atrás de você!” Volte! Volte! Ouvindo a voz da mãe, o menino se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro de sua mãe.
Foi uma corrida contra o tempo. Os segundos pareciam uma eternidade. Finalmente o menino chegou à margem. Mas era tarde! Assim que o menino alcançou a mãe, o jacaré também o alcançou. A mãe agarrou o menino pelos braços enquanto o jacaré cravou os dentes nos pés do menino. Começou um cabo-de-guerra entre a mãe e o jacaré. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixar o seu filho ir.
Um fazendeiro que passava por perto ouviu os gritos, pegou sua arma, fez pontaria e atirou no jacaré. Após semanas no hospital, o menino sobreviveu. Seus pés estavam muito feridos por causa do ataque do animal, e, em seus braços, havia riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava. Um repórter entrevistou o menino e perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes.
 O menino levantou seus pés. Mostrou-os ao repórter. E com orgulho, disse: “Olhe em meus braços. Eu também tenho grandes cicatrizes em meus braços. Eu tenho essas cicatrizes porque minha mãe não me deixou ir”. Você e eu podemos nos identificar com esse menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não são as cicatrizes de um jacaré, ou algo tão dramático. Mas podem ser as cicatrizes de um passado doloroso. Podem ser algumas lembranças que incomodam o seu coração. Essas cicatrizes são feias e ainda te causam dores profundas. Você já parou para pensar no por que dessas cicatrizes? Algumas foram feitas pelo jacaré. Mas outras foram feitas pela mãe. Algumas foram feitas pelo maligno e outras foram feitas por Deus.
Deus é como a mãe daquele menino. Às vezes Ele nos fere para não nos perder para o maligno! Algumas feridas estão em nós porque Deus se recusou a nos deixar ir. E enquanto nos esforçávamos, Ele estava nos segurando nos braços. Se hoje você está passando por um momento difícil, doloroso talvez o que está te causando dor seja Deus cravando suas unhas em você para não te deixar ir. Deus não vai entregar você para o jacaré! Deus nunca vai te abandonar e vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar algumas marcas ou cicatrizes em você. Por que devemos ir à Igreja? A primeira resposta: Porque a Palavra de Deus nos sustenta. A segunda resposta: Porque Deus nunca nos abandona. A terceira resposta é: Porque temos as marcas, as cicatrizes de Jesus. Esta é a grande diferença! Paulo disse: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17).
As marcas deixadas em nós desde a infância até a vida adulta não são simples marcas de expressão. São sinais da presença constante de Deus.

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