Quando
abandonamos às Igrejas sem perceber estamos abandonando a Deus. Em um dia
quente de verão lá no interior do Pantanal Mato-grossense. Um garoto foi nadar
no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca ele
foi correndo… foi deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Entrou na
água e começou a nadar. Ele nadava naquele lago diariamente e nunca se ouviu
falar na presença de jacaré naquela área.
Mas
naquele dia aconteceu o inesperado! O menino não percebia que enquanto nadava
para o meio do rio, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. Sua
mãe, que estava em casa, olhava pela janela e observava o filho nadando no
lago. De repente, a mãe percebeu que o jacaré estava indo em direção ao seu
filho e estava cada vez mais perto. Desesperada, correu para o rio gritando o
mais alto possível: “Filho! Volte! O jacaré está atrás de você!” Volte! Volte!
Ouvindo a voz da mãe, o menino se alarmou, deu um giro e começou a nadar de
volta ao encontro de sua mãe.
Foi
uma corrida contra o tempo. Os segundos pareciam uma eternidade. Finalmente o
menino chegou à margem. Mas era tarde! Assim que o menino alcançou a mãe, o
jacaré também o alcançou. A mãe agarrou o menino pelos braços enquanto o jacaré
cravou os dentes nos pés do menino. Começou um cabo-de-guerra entre a mãe e o
jacaré. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais
apaixonada para deixar o seu filho ir.
Um
fazendeiro que passava por perto ouviu os gritos, pegou sua arma, fez pontaria
e atirou no jacaré. Após semanas no hospital, o menino sobreviveu. Seus pés
estavam muito feridos por causa do ataque do animal, e, em seus braços, havia
riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o
filho que ela amava. Um repórter entrevistou o menino e perguntou-lhe se podia
mostrar suas cicatrizes.
O menino levantou seus pés. Mostrou-os ao
repórter. E com orgulho, disse: “Olhe em meus braços. Eu também tenho grandes
cicatrizes em meus braços. Eu tenho essas cicatrizes porque minha mãe não me
deixou ir”. Você e eu podemos nos identificar com esse menino. Nós também temos
muitas cicatrizes. Não são as cicatrizes de um jacaré, ou algo tão dramático.
Mas podem ser as cicatrizes de um passado doloroso. Podem ser algumas
lembranças que incomodam o seu coração. Essas cicatrizes são feias e ainda te
causam dores profundas. Você já parou para pensar no por que dessas cicatrizes?
Algumas foram feitas pelo jacaré. Mas outras foram feitas pela mãe. Algumas
foram feitas pelo maligno e outras foram feitas por Deus.
Deus
é como a mãe daquele menino. Às vezes Ele nos fere para não nos perder para o
maligno! Algumas feridas estão em nós porque Deus se recusou a nos deixar ir. E
enquanto nos esforçávamos, Ele estava nos segurando nos braços. Se hoje você
está passando por um momento difícil, doloroso talvez o que está te causando
dor seja Deus cravando suas unhas em você para não te deixar ir. Deus não vai
entregar você para o jacaré! Deus nunca vai te abandonar e vai fazer o que for
necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar algumas
marcas ou cicatrizes em você. Por que devemos ir à Igreja? A primeira resposta:
Porque a Palavra de Deus nos sustenta. A segunda resposta: Porque Deus nunca
nos abandona. A terceira resposta é: Porque temos as marcas, as cicatrizes de
Jesus. Esta é a grande diferença! Paulo disse: “Eu trago no corpo as marcas de
Jesus” (Gálatas 6.17).
As marcas deixadas em nós desde a
infância até a vida adulta não são simples marcas de expressão. São sinais da
presença constante de Deus.
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