FOGO
ESTRANHO
Nadabe
e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam
fogo, acrescentaram incenso, e trouxeram fogo profano perante o Senhor, sem que
tivessem sido autorizados. Então saiu fogo da presença do Senhor e os consumiu.
Morreram perante o Senhor. Moisés então disse a Arão: Foi isto que o Senhor
disse: Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo
glorificado serei. Arão, porém, ficou em silêncio. (Levítico 10.1-3 NVI)
As
chances são grandes de que Nadabee e Abiú levaram fogo de uma fonte que não era
o altar de bronze e usaram para iluminar seus incensários. Lembre-se que o
próprio Deus fez o altar queimar com fogo do céu. Aparentemente, Nadabee e Abiú
tinham enchido seus incensários com fogo de sua própria criação ou de uma
fogueira de carvão. O texto Sagrado não nos diz qual a verdadeira fonte que
este fogo foi tirado. Também não é importante. A questão é que eles usaram um
fogo diferente daquele que o próprio Deus acendeu.
Sua
ofensa pode parecer insignificante para alguém acostumado com o tipo de
adoração informal e autoindulgente que é conhecido pela nossa geração. Eles
também podem ter bebido. (Levítico 10.9 parece sugerir que este era o caso).
Entretanto, o que a Escritura expressamente condena é o "fogo
estranho" que foi oferecido. O ponto crucial de seu pecado foi se
aproximar de Deus de uma forma descuidada, teimosa e inadequada, sem o respeito
que merecia. Eles não o trataram como santo e não exaltaram o seu nome na
frente de pessoas. A resposta do Senhor foi rápida e mortal. O "fogo
estranho" de Nadabee e Abiú acendeu as chamas inextinguíveis do juízo
divino contra eles e foram incinerados no local. Esta é uma história séria e
assustadora, e tem implicações óbvias para a igreja em nosso tempo. É claro que
é um crime desonrar o Senhor, tratá-lo com desprezo ou adoração de uma forma
que Ele detesta. Aqueles que adoram a Deus devem fazê-lo do jeito que ele
exige, tratando-o como santo.
O
Espírito Santo, o terceiro membro da Trindade gloriosa, não é menos do que Deus
o Pai ou o Filho. Por isso, desonrar o Espírito significa desonrar a Deus. Abusar
do nome do Espírito é usar o nome de Deus em vão. Alegar que é ele que te dá
força para uma adoração soberba, extravagante e não de acordo com a Bíblia é
tratar Deus com desprezo. Utilizar a pessoa do Espírito Santo para promover um “show”
envolve adoração a Deus de uma forma que detesta. É por isso que muitas
travessuras irreverentes e doutrinas deturpadas que se infiltraram na igreja são
o mesmo (ou pior) o fogo estranho de Nadabee e Abiú. Uma afronta ao Espírito
Santo e, portanto, ao próprio Deus, sendo motivo para julgamento severo. Terrível
coisa é cair nas mãos do Deus vivo! (Hebreus 10.31)
Quando
os fariseus atribuíram a obra do Espírito Santo a Satanás (Mateus 12:24), o
Senhor advertiu-os de que tal blasfêmia de um coração endurecido era
imperdoável. Ananias e Safira morreram instantaneamente depois de mentir para o
Espírito Santo e como resultado disso: "um grande temor em toda a igreja e em
todos os que ouviram estas coisas" (Atos 5.11). Simão, o Mago, quando pediu
para comprar o poder do Espírito Santo com dinheiro, recebeu esta resposta
severa "Seu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom
de Deus se alcança por dinheiro" (At 8.20). O autor de Hebreus, ao
escrever para as pessoas sobre o risco de insultar o Espírito da graça, deu aos
seus leitores este aviso sóbrio: "É uma coisa terrível cair nas mãos do
Deus vivo" (Hebreus 10.31). Claramente, o terceiro membro da Trindade é
perigoso para qualquer um que oferece fogo estranho.
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